Influência de variáveis ambientais em ambientes lóticos de mata de araucária sobre a taxocenose odonata

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2018.003.0023

Palavras-chave:

Insetos, Córregos pequenos, Zona ripária, Heterogeneidade de habitats, Parque Nacional das Araucárias

Resumo

O tamanho dos corpos d’água pode ser considerado o principal controlador das características físicas e químicas dos ambientes lóticos. Portanto, o tipo de substrato, a vazão, a composição orgânica e inorgânica e heterogeneidade de habitat possuem relação direta com a dimensão do ambiente lótico. Por sua vez essas características são determinantes na distribuição e diversidade da fauna de imaturos de Odonata. Neste contexto, testamos a hipótese de que diferentes dimensões de ambientes lóticos sustentam diversidade similar de imaturos de Odonata, entretanto, diferem quanto a sua composição. Assim, avaliamos a influência do tamanho do corpo d’água sobre fatores abióticos e estrutura da taxocenose de imaturos de Odonata. Realizamos cinco amostragens sazonais entre 2011 e 2012, no Parque Nacional das Araucárias, Santa Catarina, em oito ambientes, através de métodos quantitativos e qualitativos. Foram registrados 520 indivíduos de Odonata, distribuídas em oito famílias e 41 gêneros. Os ambientes foram evidentemente separados pela classificação dos rios. Os maiores valores de diversidade, riqueza e equitabilidade foram registrados nos córregos pequenos, ambientes com maior heterogeneidade de habitat, maior porcentagem de matéria orgânica e protegidos pela mata ciliar. Confirmou-se com esse estudo que a alta heterogeneidade de habitat em ambientes lóticos de baixas ordens influencia na diversidade, abundância e riqueza da fauna de Odonata. Outro fator determinante para os altos índices foi à integridade do local de estudo, favorecendo a proteção e ciclagem de nutrientes nos corpos d’água.

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Biografia do Autor

Erikcsen Augusto Raimundi, Universidade Federal do Espírito Santo

Laboratório de Sistemática e Ecologia de Insetos, Rodovia BR 101 Norte, Km. 60, Litorâneo, CEP 29932-540, São Mateus – ES. www.ufes.br.

Gilza Maria de Souza-Franco, Universidade Federal da Fronteira Sul

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Maringá (1994), mestrado em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais pela Universidade Estadual de Maringá (1999) e doutorado em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais pela Universidade Estadual de Maringá (2003). Atualmente é convênio unochapecó/uffs - contrato 29/2014 da Universidade Comunitária da Região de Chapecó e professora adjunto a da Universidade Federal da Fronteira Sul. Tem experiência na área de Ecologia, com ênfase em Ecologia de Ecossistemas, atuando principalmente nos seguintes temas: ecologia de riachos, invertebrados aquáticos, bioindicadores e educação ambiental.

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Publicado

2018-05-23

Edição

Seção

Desenvolvimento, Sustentabilidade e Meio Ambiente