Crescimento e produtividade do milho híbrido fertilizado com urina humana na agricultura de pequeno porte

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2018.002.0017

Palavras-chave:

águas amarelas, cultura alimentícia, reuso, saneamento focado em recurso, biofertilizante

Resumo

O presente trabalho teve como objetivo analisar o comportamento do milho híbrido em termos de crescimento e produtividade quando fertilizado com urina humana. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso com cinco tratamentos. Os tratamentos aplicados foram: T1 - água bruta e adubação orgânica; T2 - água bruta e adubação química e orgânica, T3 - água bruta e urina na dose recomendada; T4 - água bruta e metade da dose de urina recomendada; T5 - água bruta e 1,5 da dose de urina recomendada. O volume de urina aplicado foi calculado a partir da demanda nutricional da cultura do milho e da concentração de nitrogênio na urina humana resultando no valor 1,0 litro por metro linear para o tratamento - T3. A área cultivada com milho foi irrigada por gotejamento, sistema selecionado por ser um dos mais utilizados pelos agricultores rurais. ­ Com relação às variáveis, altura da planta e índice de espiga não houve diferença significativa (p>0, 05) quando se comparou os tratamentos estudados. Por outro lado, os resultados da pesquisa indicaram que o peso das espigas variou conforme o tipo de adubação (química ou urina) e quanto ao volume de urina aplicado, ocorrendo efeito entre aplicar urina na taxa de 1,5 ou 1 e aplicar urina na taxa de 0,5 ou adubo químico (p<0,05). A urina se mostrou como um potencial praguicida à lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda), pois nenhuma das plantas que recebeu este tratamento foi acometida por tal praga, a qual prejudicou a produtividade do tratamento com NPKS. Do ponto de vista experimental, o presente estudo evidenciou resultados promissores acerca da utilização de urina humana na fertilização de Zea mays.

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Biografia do Autor

Márcio Pessoa Botto, Universidade de Fortaleza

Professor da Universidade de Fortaleza, Centro de Ciências Tecnológicas. Engenheiro da Fundação Nacional de Saúde/ Ministério da Saúde.

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Publicado

2017-10-22