Potencial metanogênico de resíduos de frutas e hortaliças em função do tipo de inóculo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2018.002.0016

Palavras-chave:

biodigestão anaeróbia, esgoto sanitário, dejetos suínos, metano, resíduo orgânicos

Resumo

O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial de produção e a qualidade do biogás a partir da biodigestão anaeróbia de resíduos de frutas e hortaliças (RFH) como substrato e duas fontes distintas de inóculo como fonte de biomassa bacteriana. Os resíduos foram coletados em uma Central de Abastecimento e os inóculos incluíram lodo anaeróbio secundário coletado em uma estação de tratamento de esgoto sanitário (inóculo/ES) e lodo anaeróbio coletado em um biodigestor abastecido com dejetos suínos (inóculo/DS). A determinação do potencial de produção de biogás foi realizada seguindo as diretrizes propostas pela norma VDI 4630. O volume de biogás foi medido diariamente e a composição determinada semanalmente por cromatografia gasosa. Os RFH apresentaram pH ácido, ausência de alcalinidade, elevada umidade e elevada concentração de material orgânico volátil. Os inóculos apresentaram pH próximo à neutralidade, resultante de processos anaeróbios bem estabilizados e a principal diferença foi observada para os teores de alcalinidade. A produção acumulada de biogás dos RFH foi de 362 mLN g SV–1 utilizando o inóculo/ES e 348 mLN g SV–1 utilizando com inóculo/DS, indicando similaridade independentemente do tipo de inóculo. No entanto, observaram-se diferenças quanto à produção diária e à concentração de metano. A utilização do inóculo–ES possibilitou a rápida conversão da matéria orgânica em biogás, com aproximadamente 90% da produção total gerada nos primeiros quatro dias. Os testes com o inóculo/DS apresentaram 60% de metano (totalizando 210 mLN CH4 g SV–1) e os testes com inóculo/ES 51% de metano (totalizando 184 mLN CH4 g SV–1). Mesmo com maior capacidade de degradação durante o processo, o inóculo/DS permitiu uma produção acumulada de metano 14% superior quando comparada ao inóculo/ES.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Thiago Edwiges, Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Engenheiro Ambiental (PUCPR-2008), Mestre em Energia na Agricultura (Unioeste-2012) e Doutorando em Engenharia Agrícola (Unioeste). Professor Adjunto do Departamento de Ciências Biológicas e Ambientais da Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Câmpus Medineira/PR.

Mônica Sarolli Silva de Mendonça Costa, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Doutorado em Agronomia (Energia na Agricultura) [Botucatu] pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Brasil(2005) Professor Adjunto da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Brasil. Professora do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Engenharia Agrícola.

Laercio Mantovani Frare, Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Doutorado em Engenharia Química pela Universidade Estadual de Maringá, Brasil (2006) Professor Adjunto do Departamento de Ciências Biológicas e Ambientais da Universidade tecnológica Federal do Paraná. Professor do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Tecnologias Ambientais.

João Henrique Lima Alino, Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Acadêmico do curso de graduação em Engenharia Ambiental da Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Bruna Mayer, Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Engenheira Ambiental (2016) pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Downloads

Publicado

2017-09-25