Diagnóstico da fragilidade de fragmentos de Mata Atlântica em função de ações antrópicas
DOI:
https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2022.012.0004Palavras-chave:
Ecologia da Paisagem, Floresta Atlântica, Métricas da Paisagem, São Vicente FérrerResumo
A Mata Atlântica tem uma grande importância no equilíbrio ambiental, entretanto, a degradação de suas áreas vem ocorrendo de forma contínua, sobretudo em consequência das atividades antrópicas dos usos rurais e urbanos, em especial nos municípios brasileiros de pequeno e médio porte. Nessa perspectiva, a pesquisa objetivou realizar o diagnóstico da fragilidade de fragmentos de Mata Atlântica em função de ações antrópicas em seu entorno. Foi utilizado a metodologia de fotointerpretação em imagens de satélites Landsat 5 e Landsat 8, disponíveis no catálogo de imagens do USGS, referentes ao dia 28 de julho de 1984 e 23 de janeiro de 2021, respectivamente. Foi aplicado no SPRING 5.5.6, o realce nos três canais do espectro visível. Foram vetorizadas as áreas correspondentes ao uso rural, área edificada, corpos hídricos, solo exposto e vegetação remanescente (Floresta Ombrófila Montana e Floresta Ombrófila de Terras Baixas) baseando-se nos caracteres de rugosidade e coloração compatíveis com os alvos. Essa vetorização foi feita no Qgis 3.16.5 e os arquivos foram salvos em shapefile ‘.shp’. Os resultados apontam que entre os anos de 1984 e 2021 houve predomínio de solo exposto que corresponde a 58,92% e 66,81% da área total do Município, respectivamente, com área média de 72,82km². A paisagem em 1984 destaca-se por um maior uso rural, que corresponde a 13,02% da área total do município, em 2021 o uso rural representa 11,63%, sendo perceptível a extinção (-1,39%) e deslocamento de algumas áreas, com área média de 14,28km². Por sua vez, houve ampliação da área construída, de 0,90% para 2,02% da área total do município no intervalo de 1984 a 2021 que obteve uma área média de 1,69km². Os dados mostram que as áreas florestais tiveram uma redução de 7,25%, em 1984 as áreas de Mata Atlântica preservada representavam 26,03% e em 2021 esse representa apenas 18,78%, com área média de 25,94km². Conclui-se que, considerando a estrutura da paisagem e sua configuração frente a Mata Atlântica, presente em São Vicente Férrer, fica evidente a ausência de políticas públicas e ações de conservação. Destarte, o estudo se mostrou de grande importância para a criação e implementação de estratégias de conservação e recuperação da Mata Atlântica de São Vicente Férrer, sendo as métricas da paisagem ferramentas fundamentais para as análises desenvolvidas na presente pesquisa.
Downloads
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Revista Ibero-Americana de Ciências Ambientais
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by-nc-nd/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
A CBPC - Companhia Brasileira de Produção Científica (CNPJ: 11.221.422/0001-03) deterá os direitos materiais dos trabalhos publicados. Os direitos referem-se à publicação do trabalho em qualquer parte do mundo, incluindo os direitos às renovações, expansões e disseminações da contribuição, bem como outros direitos subsidiários. Todos os trabalhos publicados eletronicamente poderão posteriormente ser publicados em coletâneas impressas sob coordenação desta empresa e/ou seus parceiros. Os (as) autores (as) preservam os direitos autorais, mas não têm permissão para a publicação da contribuição em outro meio, impresso ou digital, em português ou em tradução.