Espécie invasora de bambu e seus impactos sobre a qualidade do solo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2022.006.0006

Palavras-chave:

Invasão Biológica; Biodiversidade; Indicadores ambientais.

Resumo

A Floresta Atlântica é um bioma com elevada biodiversidade da fauna e flora, no entanto vem sendo submetido a impactos antrópicos, como desmatamento e queimadas, provocando a redução e fragmentação de seus ecossistemas. Outro fator que tem ameaçado a biodiversidade é a introdução de espécies exóticas invasoras, sendo atualmente a segunda maior ameaça. Essas espécies causam impactos negativos no ambiente, a exemplo do bambu, que em diversas partes do mundo sua instalação e crescimento progressivo, tem causado a degradação de fragmentos florestais, devido a participação nas modificações da estrutura e composição florística desses ambientes, bem como nas alterações de seus processos hídricos e de nutrientes. Nesse sentido, a pesquisa teve como objetivo investigar a interferência do bambuzal sobre um fragmento de Floresta Atlântica no Parque Municipal de Maceió, Alagoas, por meio de indicadores de qualidade do solo, visando manter a conservação e a preservação da biodiversidade local. Foram selecionadas duas áreas: Floresta Atlântica e Bambuzal. Em cada área, foram coletadas 10 amostras de solo na profundidade de 0-10 cm para avaliação dos indicadores químicos (pH, MO, C, bases trocáveis (Ca3+, Mg2+, K+, Na+), P, Al e acidez potencial (H++Al3+), soma de bases (Ca2+ + Mg2+ + K+ + Na+), capacidade de troca de cátions (S+H+Al3+) e saturação por bases) e ecológicos (acúmulo de serapilheira, macrofauna e mesofauna). Com base nos resultados, observou-se que os atributos químicos (Mg, SB, Al e P) e ecológicos (acúmulo de serapilheira e macrofauna edáfica) podem ser utilizados como indicadores de qualidade do solo. A Floresta Atlântica apresenta maior riqueza de organismos da macrofauna em comparação ao bambuzal. O bambu se adaptou bem às condições do solo do Parque Municipal de Maceió (PMM), refletindo nos altos teores de carbono orgânico total e maior abundância de organismos da mesofauna, o que demanda monitoramento, uma vez que o ambiente é favorável para sua permanência, estabilidade e expansão, podendo prejudicar a vegetação nativa.

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Biografia do Autor

Acácia Rodrigues Calheiros, Instituto Federal de Alagoas

Mestra em Análise de Sistemas Ambientais pelo CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC em Alagoas, Especialista nas áreas de Engenharia de Segurança do Trabalho e em Docência para o Ensino Superior(2001). Licenciada em Matemática (2011) e Graduada em Engenharia Civil (1981) pela Universidade Federal de Alagoas. Tem experiência operacional em engenharia civil e de segurança do trabalho e atualmente atua na educação como professora do ensino básico, técnico, tecnológico e superior do INSTITUTO FEDERAL DE ALAGOAS. 

Mayara Andrade Souza, Centro Universitário CESMAC

Engenheira Agrônoma (2008), com Mestrado (2011) e Doutorado (2014) em Agronomia pela Universidade Federal da Paraíba. Bolsista DTI - EMBRAPA Tabuleiros Costeiros (2014-2015). Pós-Doutorado (UFPB/EMBRAPA/CAPES, 2015-2017). Membro do Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação de Maceió (2019). Coordenadora Adjunto da Fazenda Escola. Atualmente é professora do Programa de Pós-Graduação Análise de Sistemas Ambientais-PPGASA (Conceito 4) do Centro Universitário do Cesma-Maceió, e ministra aula na graduação nos cursos de Biomedicina e Medicina Veterinária. Atuando nos seguintes temas: Manejo e conservação do solo, Biodiversidade vegetal e solo, Valoração de espécies nativas, Bioindicadores de Sustentabilidade Ambiental, e Educação Ambiental. Participa dos grupos de pesquisa Cultivo de Lavoura Xerófila (UFPB), Biogeografia e Sustentabilidade Ambiental (UFAL), Indicadores de Qualidade Ambiental (FEEVALE), e SocioEco-Economia do Nordeste (CESMAC/FEJAL).

João Gomes da Costa, Embrapa Tabuleiros Costeiros

Possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal de Alagoas (1985), mestrado em Genética e Melhoramento pela Universidade Federal de Viçosa (1995) e doutorado em Biotecnologia - RENORBIO pela Universidade Estadual do Ceará (2010). Atualmente é pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa Alimentos e Territórios e Professor do programa de Pós-Graduação em Agricultura e Ambiente da Universidade Federal de Alagoas e ex-Professor do Centro Universitário CESMAC. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Melhoramento Vegetal e Ecologia Química, atuando principalmente nos temas: melhoramento de frutíferas e uso de semioquímicos na agricultura.

Kallianna Dantas Araújo, Universidade Federal de Alagoas

Graduação em Geografia (Bacharelado) (2003) e (Licenciatura) (2004) pela UFPB, Campus I, João Pessoa. Mestrado em Manejo de Solo e Água (2005) pela UFPB, Campus II, Areia. Doutorado em Recursos Naturais (2010), pela UFCG, Campus I, Campina Grande. Bolsista DTI - INSA/MCT (2010), Campina Grande. Professor Associado (Nível 1, Classe D) do IGDEMA/UFAL (2011).

Publicado

2023-01-08

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