Habitação e Habitabilidade Rurais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2022.005.0015

Palavras-chave:

Domicílio, Residência, Comunidade, Assentameto, Quilombola

Resumo

A habitação instiga uma reflexão sobre seu conceito, podendo ser interpretada apenas como a ação de habitar, bem como uma estrutura física caracterizada pela habitabilidade. Com o intuito de discutir e definir conceitos de habitação e habitabilidade a serem utilizados em comunidades rurais brasileiras, foi desenvolvida uma revisão sistemática de literatura, tomando por base o Portal de Periódicos da CAPES, e aplicaram-se critérios de elegibilidade, resultando em 37 artigos para análise e discussão. Os artigos analisados apresentaram pontos de vista sociológico, ambiental e sanitário para o conceito de habitação, denotando a necessidade de um olhar diferenciado a partir dos modos de vida de seus residentes. Isso conferiu à definição de habitação rural uma estrutura física multifuncional, com espaços internos e externos para moradia e apoio laboral. Dentro desse contexto, o conceito de habitabilidade rural atribui à habitação rural características adequadas às realidades do campo e às necessidades de seus residentes, garantindo uma arquitetura confortável, salubre, segura e com acesso a equipamentos e serviços públicos de qualidade. Os conceitos definidos nesta pesquisa para habitação e habitabilidade rurais se complementam e subentendem a qualidade de vida do residente rural, podendo ser utilizados em posteriores estudos nos campos do saneamento domiciliar e da saúde ambiental.

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Biografia do Autor

Liziana de Sousa Leite, Universidade Federal de Goiás

Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade Federal de Goiás - UFG, em Goiânia-GO. Especialista em Gerenciamento de Recursos Ambientais pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí- IFPI (2009). Bacharel em Administração pela Universidade Federal do Piauí (2014) e Tecnóloga em Gestão Ambiental pelo IFPI (2007). Atuou como Supervisora Censitária, aplicando treinamento e coordenando equipe de recenseadores. Posteriormente, atuou como Gestora Ambiental em empresa prestadora de serviço à Suzano Papel e Celulose S/A, elaborando Planos de Controle Ambiental e Zoneamento Ambiental, junto à equipe multidisciplinar, para processos de licenciamento ambientais de áreas rurais. Como autônoma e em parceria, elaborou Planos de Gerenciamento de Resíduos para estabelecimentos de serviços de saúde. Nos anos de 2016 a 2018, atuou como Professora Substituta EBTT na área de Gestão/Administração no IFMA/Campus Santa Inês. Em 2019 atuou como tutora na Anhanguera Educacional e, em 2020, como tutora assistente na UniAraguaia, acompanhando disciplinas de Administração. Ainda em 2019 à 2021, integrou a equipe de pesquisadores do Projeto SanRural (Saneamento e Saúde Ambiental em Comunidades Rurais e Tradicionais de Goiás), desenvolvido pela UFG junto à FUNASA, na equipe de diagnóstico e proposta de tecnologias para manejo de resíduos em áreas rurais. Atualmente, mestranda bolsista.

Paulo Sérgio Scalize, Universidade Federal de Goiás

Graduado em Ciências Biológicas Modalidade Médica e Bioquímica Médica Análise Físico Químicas e Microbiológicas (1991) e em Engenharia Civil (2004), mestrado e doutorado em Hidráulica e Saneamento pela Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (EESC-USP), 1997 e 2003, respectivamente. Foi funcionário do Departamento Autônomo de Água e Esgotos de Araraquara durante 16 anos, ocupando cargos nas áreas de tratamento de água e esgoto, ambiental e perdas de água. Atualmente é Professor Associado na Universidade Federal de Goiás no campus de Goiânia, atuando na Escola de Engenharia Civil e Ambiental. Professor do Programa de Pós Graduação em Engenharia Ambiental e Sanitária (PPGEAS/UFG) e do programa de Pós Graduação em Ciências Ambientais (CIAMB). Tem experiência na área de Ciências Ambientais e Engenharia Sanitária, atuando principalmente nos seguintes temas: estação de tratamento de água, qualidade da água, tratabilidade e disposição final lodo de ETA, clarificação, estação de tratamento de esgotos, Laboratório de análise físico-química e microbiológica, gestão de controle de perdas, sub-medição de hidrômetros, planejamento. Coordenador da Exposição de Experiências Municipais em Saneamento desde 2009.

Karla Emmanuela Ribeiro Hora, Universidade Federal de Goiás

Possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Católica de Goiás - UCG (2001), mestrado em Geografia pelo Instituto de Estudos Socioambiental da Universidade Federal de Goiás - IESA/UFG (2003) e doutorado em Meio Ambiente e Desenvolvimento pela Universidade Federal do Paraná - MADE / UFPR(2009). É professora Associado, lotada na Escola de Engenharia Civil e Ambiental, da Universidade Federal de Goiás (EECA/UFG). Tem experiência na área de Planejamento Urbano e Ambiental, Políticas Públicas de Gênero e Desenvolvimento Rural. Desenvolve pesquisas sobre: Sustentabilidade urbana-ambiental na RMG; Agricultura Urbana e Periurbana, Gênero e Desenvolvimento rural; Questões fundiárias. Atuou em funções de direção e técnica na administração pública municipal nas áreas de: planejamento urbano ambiental e saneamento ambiental. Exerceu a função de Diretora de Políticas para Mulheres do extinto Ministério do Desenvolvimento Agrário (10/2012-03/2015). É docente nos Programas de Pós Graduação Projeto e Cidade (PROCIDADES/FAV/UFG) e Ciências Ambientais (PPGCIAMB/UFG). Atualmente, exerce a função de Diretora da Escola de Engenharia Civil e Ambiental (EECA) da UFG para o mandato de 2019-2023.

Publicado

2022-07-02

Edição

Seção

Desenvolvimento, Sustentabilidade e Meio Ambiente