Áreas potenciais para sistemas florestais multifuncionais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2022.002.0020

Palavras-chave:

Cadastro Ambiental Rural, Declividade, Reserva Legal, Agroflorestas, Florestas Heterogêneas, Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

Resumo

Considerar paisagens multifuncionais como paradigma de conservação implica em abordar o múltiplo uso da terra como fator de resiliência e de sustentabilidade. Nesse contexto ampliar os sistemas florestais multifuncionais é uma estratégia importante pois, além da provisão de recursos aos produtores rurais, elas contribuem com a prestação dos serviços ecossistêmicos relacionados ao fluxo gênico da biodiversidade, à regulação do ciclo hidrológico e ao sequestro de carbono. Este trabalho propõe um método para caracterizar e estimar áreas potenciais para sistemas florestais multifuncionais nos municípios canavieiros do estado de São Paulo, Brasil, a partir de um estudo de caso. Estas áreas, definidas no trabalho como de baixa aptidão agrícola, incluem o passivo de Reserva Legal, as áreas de Uso Restrito e as declivosas ocupadas por cana-de-açúcar e pastagens. Por intermédio da identificação das áreas, da classificação fundiária das propriedades e considerando três tipologias florestais (Florestas heterogêneas, Agroflorestas e Integração Lavoura-Pecuária-Floresta) foi elaborado um fluxograma para a tomada de decisão quanto a escolha das tipologias florestais mais adequadas à cada situação. O método proposto identificou, para o município analisado, 14.430 ha potenciais para a implementação de sistemas florestais baseados na exploração de produtos madeireiros e não madeireiros de espécies arbóreas nativas.

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Biografia do Autor

Jozrael Henriques Rezende, Faculdade de Tecnologia de Jahu

Docente e pesquisador da Faculdade de Tecnologia de Jahu - FATEC JAHU do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza/SP. Engenheiro Agrônomo pela Universidade de São Paulo - ESALQ/USP; Doutor em Ecologia e Recursos Naturais pela Universidade Federal de São Carlos - UFSCar; Mestre em Engenharia Naval e Oceânica pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo - EPUSP e Especialista em Gestão de Recursos Hídricos pela Universidade Federal de Viçosa. Atuação nas áreas de manejo de bacias hidrográficas rurais e urbanas; planejamento ambiental e gerenciamento de recursos hídricos; recuperação de áreas degradadas; restauração ecológica; revitalização de rios urbanos; silvicultura urbana; silvicultura de espécies nativas; sistemas florestais multifuncionais; sustentabilidade e sistemas de gestão ambiental. Presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Tietê-Jacaré, biênios 2019-2020 e 2021-2022.

Grazieli Constantino, Faculdade de Tecnologia de Jahu

Domínio das geotecnologias e das ferramentas de gestão, com conhecimentos atualizados nas áreas das ciências ambientais, das tecnologias ambientais e do manejo e recuperação dos recursos naturais, em especial dos recursos hídricos, com capacidade para planejar e gerenciar os aspectos ambientais de organizações dos mais diversos setores e segmentos; identificar, caracterizar e solucionar problemas ambientais; realizar a gestão racional e responsável dos recursos hídricos; promover a recuperação ambiental de áreas degradadas, rios e bacias hidrográficas. Competência no uso de ferramentas tecnológicas computacionais para o planejamento ambiental e na implementação de técnicas de recuperação de áreas degradadas, quer sejam zonas ripárias, nascentes, cursos d?água, reservatórios ou encostas. Tudo isso baciado nos estuda das tecnologias atuais de restauração florestal, bioengenharia e renaturalização de rios, entre outras.

Publicado

2022-07-02

Edição

Seção

Planejamento, Gestão e Políticas Públicas Ambientais