Reúso de esgoto tratado no cultivo de mudas de Ipê Roxo (Tabebuia avellanedae) em solo ácido

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.010.0026

Palavras-chave:

Reuso, Esgoto tratado, Irrigação, Ipê roxo, Solo ácido

Resumo

Em um cenário de escassez de água e agravante deterioração da sua qualidade, o reuso de esgoto tratado é uma alternativa promissora para a agricultura. Diante disto, esta pesquisa teve como objetivo realizar a caracterização de solo ácido, usado na produção de mudas de Ipê roxo (Tabebuia avellanedae), irrigadas com esgoto sanitário tratado. O cultivo foi feito em vasos, distribuídos de forma casualizada, contendo 1 kg de solo. Na irrigação das mudas foram usados dois tipos de águas de irrigação, água de abastecimento público e esgoto sanitário tratado. Os tratamentos adotados consistiram na avaliação de três diferentes capacidades de pote (CP) (30, 50 e 70%) para cada tipo de água de irrigação. O solo usado no cultivo foi caracterizado quanto ao pH, níveis de potássio, cálcio, magnésio, sódio, alumínio, fósforo, amônia, nitrato e carbono orgânico total (COT).  A caracterização das mudas foi feita segundo o número de sementes germinadas e de folhas, altura e massa seca da raiz e da parte aérea. Entre as diferentes CP avaliadas não foi observada diferença numérica significativa para os nutrientes presentes no solo antes e após o cultivo. O alumínio foi o elemento que apresentou maiores concentrações no solo. Independentemente do tipo de água de irrigação usada, o pH do solo se manteve ácido durante todo o experimento. O desenvolvimento de mudas foi observado apenas para os tratamentos que utilizaram CP 70%. O tratamento com a água residuária a 70% da capacidade de pote foi o que obteve melhores resultados para a massa seca da raiz e parte aérea. O volume de água empregado se mostrou determinante na produtividade das mudas de Ipê roxo. O uso do esgoto tratado para irrigação das mudas foi considerado satisfatório já que apresentou resultados equivalentes aos obtidos com água de abastecimento.

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Biografia do Autor

Joelithon de Lima Costa, Universidade Federal de Pernambuco

Doutorando no Programa de Pós Graduação em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Pernambuco (Campus Recife) na área de Tecnologia Ambiental e Recursos Hídricos. Mestre em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Pernambuco (Campus Recife). Graduado em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Pernambuco pela Universidade Federal de Pernambuco (Campus Caruaru). 

Marcos Henrique Gomes Ribeiro, Universidade Federal de Pernambuco

Doutorando em Saneamento Ambiental pelo Programa de Pós-Graduação em Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental do Instituto de Pesquisas Hidraúlicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Mestre em Tecnologia Ambiental e Recursos Hídricos (2020), pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Bacharel em Engenharia Civil pela UFPE (2017), com período sanduíche na Escola de Engenharia da Universidade Monash, Austrália (2013-2014). Tem interesse nas áreas de meio ambiente, tratamento de água e esgoto, agricultura, urbanismo, design, consumo e sustentabilidade. 

Márcio Kenji Ionekura Júnior, Universidade Federal de Pernambuco

Possui segundo grau completo. Tem experiência na área de Engenharia Civil pela UFPE. 

Elizabeth Amaral Pastich Gonçalves, Universidade Federal de Pernambuco

Possui graduação em Ciências Bi'ologicas Bacharelado pela Universidade Federal de Pernambuco (2004), mestrado em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Pernambuco (2007) e doutorado em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Pernambuco (2011). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal de Pernambuco e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil e Ambiental (PPGECAM), do Centro Acadêmico do Agreste da Universidade Federal de Pernambuco. Tem experiência na área de Engenharia Sanitária, com ênfase em Engenharia Sanitária, atuando principalmente nos seguintes temas: indicadores ambientais, esgotos, tratamento, biomassa, reúso hidroagrícola e reaproveitamento.

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Publicado

2021-12-18