Avaliação da conservação da microbacia do ribeirão Mantiqueira em Goiás via protocolo de avaliação rápida

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.010.0046

Palavras-chave:

Monitoramento ambiental, Recurso hídrico, IQA, Conservação, PRAVIA

Resumo

O monitoramento ambiental de microbacias hidrográficas possibilita diagnosticar as alterações no uso e ocupação do solo, tornando possível avaliar os efeitos das atividades humanas sobre os ecossistemas. A aplicação de instrumentos de avaliação de alguns parâmetros físicos do habitat,características da água, dos sedimentos e da cobertura que sejam sensíveis às alterações do ambiente pode contribuir fortemente para a conservação das microbacias. O objetivo desse trabalho foi avaliar o estado de conservação de pontos da microbacia do ribeirão Mantiqueira inserida nas comunidades Sarandi e Indaiá no município de Luziânia em Goiás, utilizando um Protocolo de Avaliação Rápida (PRAVIA) para a região do Brasil Central, e o Índice de Qualidade de água (IQA). Observou-se qualidade das águas dos tributários alterada e impactada. Todavia, os dois últimos pontos mais próximos da foz do ribeirão Mantiqueira apresentaram classificação natural segundo avaliação do PRAVIA. Uma melhoria da qualidade do ambiente alterado e impactado para natural, nos dois últimos pontos próximo à foz, contribuiu para uma pequena diminuição dos valores de IQA, porém a classificação se manteve em um índice “qualidade Boa” da água. Escassez de cobertura vegetal nativa para o solo, implica em erosão. Nos trechos estudados foram observados processos erosivos de diversas intensidades, de erosão laminar moderada a ravinas e voçorocas, e consequente, assoreamento dos cursos d’água. Por outro lado, ambientes considerados naturais foram aqueles com presença de Mata de Galeria com cobertura vegetal no leito, árvores de porte mais altos (>8m) e fluxo de água perene. O protocolo PRAVIA, como ferramenta de análise da qualidade ambiental, demonstrou de fácil aplicação, simples, rápido e de baixo custo, e que pode ser utilizado pelos pequenos agricultores de forma participativa e integrada para monitoramento e tomada de decisão sobre o manejo de microbacias hidrográficas, visando à conservação dos seus recursos hídricos.

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Biografia do Autor

Márcia Rosa Melo, Instituto Federal do Estado de Goiás

Possui Licenciatura e Bacharelado em Ciências Biológicas (FUG - 2015), Especialização em Políticas e Gestão da Educação Profissional e Tecnológica (IFG - 2017) e Mestrado em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos (UNB - 2020). Atuou em laboratório de controle de qualidade durante três anos nas áreas de microbiologia, físico-química e efluentes. Apresenta experiência em projetos ambientais de recuperação de nascentes e áreas degradadas. Atualmente é servidora do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Estado de Goiás, câmpus Valparaíso de Goiás como assistente de laboratório área Ciências. Realizou projetos envolvendo as áreas de recursos hídricos, sustentabilidade e agricultura familiar. Foi coordenadora de Apoio Administrativo por 3 anos e Chefe de Gabinete por quase 2 anos. Participa do Núcleo de Pesquisa em Agroecologia e Sistemas Produtivos Orgânicos (NASPO) em que foi bolsista pelo CNPQ e do NÚCLEO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM LINGUAGEM (NEP-Linguagem). É orientadora de projetos de iniciação cientifica, com alunos bolsistas e voluntários, envolvendo as áreas de ciências ambientais, recursos hídricos e educação. Apresenta conhecimentos em QGis e Quantum Gis.

Maria Cristina Oliveira, Universidade de Brasília

Sou Professora Associada no curso de Ciências Naturais da Universidade de Brasília, Campus Planaltina. Graduada em Ciências Biológicas (UFU - 1998), mestre em Botânica (UnB - 2003) e doutora em Ciências Florestais (UnB - 2010). Pós doutorado na Universidade de Brasília (2011). Sou orientadora credenciada e coordenadora adjunta no Programa de Mestrado Profissional em Rede Nacional em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos (ProfÁgua Polo UnB). Tenho experiência em: Ecologia de comunidade e populações vegetais; Restauração ecológica; Propagação vegetativa de espécies nativas; Educação ambiental na gestão de resíduos. Ministro curso de Viveiro e produção de mudas de espécies nativas do Cerrado. 

Lucijane Monteiro Abreu, Universidade de Brasília

Possui graduação em Engenharia Civil pela Escola de Engenharia Kennedy, mestrado (DEA) em Ciências e Técnicas do Meio Ambiente pela - École Nationale des Ponts et Chaussées - ENPC, França, especialização e mestrado em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos pela Universidade Federal de Minas Gerais-UFMG, doutorado em Ciências Químicas pela Université de Rennes I -França, e pós-doutorado em vigilância sanitária pelo Ministère du Travail et des Affaires Sociales de la Ville -França, especialização em Coach Ontológico Empresarial pelo- Instituto Tecnológico y de Estudios Superiores de Monterrey - México. Atualmente é professora da Universidade de Brasília-UnB, membro do Programa de Pós Graduação em Gestão Pública (PPGP-UnB) e coordenadora Programa de Pós-Graduação em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos, da Universidade de Brasília - Profágua-UnB. Tem experiência na área de Engenharia Sanitária e Ambiental, com ênfase em Técnicas Avançadas de Tratamento de Águas e Esgoto, e Monitoramento Ambiental atuando principalmente nos seguintes temas: saneamento ambiental, meio ambiente, recursos hídricos, avaliação de impacto ambiental e licenciamento ambiental, e monitoramento da qualidade da água. 

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Publicado

2021-12-18

Edição

Seção

Planejamento, Gestão e Políticas Públicas Ambientais