Sazonalidade de encalhes da fauna de tetrápodes marinhos na Baía de Paraty, Rio de Janeiro, Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.010.0014

Palavras-chave:

Atlântico Sul, Mortalidade, Conservação, Chordata

Resumo

A costa do Brasil é marcada por sua alta produtividade biológica, disponibilizando recursos e abringando uma diversa comunidade de tetrápodes marinhos. Fatores físicos e biológicos podem interferir nas taxas de mortalidade destes animais e as análises dos padrões de encalhes podem auxiliar no entendimento das ameaças extenas, como a antrópica. Analisamos os efeitos da sazonalidade na riqueza e abundância tetrápodes marinhos encalhados entre 2016 e 2020 na Baía de Paraty, Rio de Janeiro, Brasil. No total 588 encalhes foram registrados, sendo Chelonia mydas a espécie com maior abundância, seguida de Sula leucogaster e Sotalia guianensis. Dentre as 28 espécies, a maior riqueza foi de Aves, seguida de mamíferos e répteis. Não foi observado diferença significativa no número de registros de encalhe ao longo das diferentes estações. Houve uma maior similaridade nas assembleias entre primavera e verão. Aves e répteis tiveram registros de encalhes distribuídos principalmente no inverno e primavera, sendo que a maioria dos encalhes de mamíferos se concentram na primavera. O padrão de encalhes de tetrápodes marinhos ao longo de uma sequência temporal na Baía de Paraty Dados gerou dados que fornece informações comportamentais e da distribuição de populações de tetrápodes marinhos e dados suplementares para planos de manejo e conservação.

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Biografia do Autor

Caio Henrique Gonçalves Cutrim, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Graduado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, aluno de mestrado no Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Neotropical (PPGBio) associado ao Laboratório de Ictiologia Teórica e Aplicada (LICTA) da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Atua como Co-coordenador no Projeto Iurukuá: Educação ambiental e conservação de tartarugas marinhas com atuação nas cinco regiões do Brasil. Desenvolve pesquisas atuando nos seguintes temas: ecologia e diversidade ictiológica e padrões de encalhes de tetrápodes marinhos no Atlântico Sul.

Igor Luiz Araújo Munhoz, Universidade Federal de Minas Gerais

MBA em Gestão de Projetos pela Universidade Estácio de Sá (2021). Mestrado em Zoologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (2016). Graduado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Viçosa (2014). Técnico em Meio Ambiente pelo CEFET -MG (2008). Atualmente exerce a função de Coordenador Técnico no Projeto de Monitoramento de Praias - Bacia de Campos. 

Elmo Borges de Azevedo Koch, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Possuo pós-doutorado pelo Programa de Pós-Graduação de Zoologia da Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC (2020). Sou Doutor em Ecologia pelo Programa de Pós-Graduação em Ecologia da Universidade Federal da Bahia - UFBA (2019). Possuo mestrado pelo Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação de Recursos Naturais pela Universidade Federal de Uberlândia - UFU (2014), sou graduado em Ciências Biológicas - bacharelado pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (2011). Em minhas pesquisas me interesso no estudo dos padrões de diversidade (taxonômica e funcional) e distribuição de formigas em diferentes ambientes, assim como no efeito de ações antrópicas sobre a diversidade de artrópodes terrestres. Atuo principalmente com os seguintes temas: biologia da conservação de invertebrados terrestres, biodiversidade de invertebrados terrestres, diversidade funcional de formigas, ecologia de comunidades, interações formiga-planta e o uso de substitutos - "surrogates" - de biodiversidade. Tenho atuado como parecerista de diversos periódicos, dentre os quais destacam-se: Ecological Indicators, Science of the Total Environment, Biodiversity and Conservation, PeerJ, Austral Entomology e Sociobiology. E-mails: elmoborges@gmail.com; elmo.koch@ufrn.br 

Raísa da Silva Costa Rêgo, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Graduada em Ciências Biológicas (Bacharelado), com ênfase em Meio Ambiente pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Recursos Naturais (PPG-ERN) pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF). Fundadora e co-coordenadora do Projeto Iurukuá: Educação Ambiental e Conservação de Tartarugas Marinhas (Projeto de Extensão da UFRJ), realizando divulgação científica e ações extensionistas. Atuou como estagiária no Projeto de Monitoramento de Praias das Bacias de Campos e Espírito Santo (PMP-BC/ES), pela empresa CTA Serviços em Meio Ambiente. Possui experiência em ecologia de praias arenosas, padrões de encalhes de tartarugas marinhas e abordagem etnozoológica no litoral fluminense. Atualmente trabalha com resíduos sólidos de origem antropogênica ingeridos por tartarugas marinhas.

Vinícius Albano Araújo, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Ouro Preto (2003), mestrado (2005), doutorado (2009) e pós-doutorado (2010) em Entomologia pela Universidade Federal de Viçosa. Atualmente atua como professor de Zoologia na Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade (NUPEM). Como pesquisador desenvolve trabalhos científicos com morfologia reprodutiva de Arthropoda com ênfase no sistema reprodutor masculino e potencial aplicação no comportamento e na sistemática. Em campo, executa trabalhos de conservação no bioma Mata Atlântica com ecologia de comunidades, envolvendo visitantes florais e insetos aquáticos, principalmente em fragmentos urbanos. Como extensionista, coordena o Projeto InsetVidas, que usa os serviços ecológicos como plataforma de divulgação científica para disseminar o conhecimento e importância dos Insetos. Desenvolve a ação Curso de Meliponicultura: potencial econômico sustentável, realizado prioritariamente para a sociedade brasileira. Também coordena o Projeto Iurukuá: Educação ambiental e conservação de tartarugas marinhas, com membros atuantes nas cinco regiões do Brasil. Integra como coordenador Brasil na Rede Relato Oceano: Rede de Educação Latino-americana para o Oceano, buscando conectar iniciativas e promover a colaboração internacional na educação marinha. Como professor atuo em disciplinas como Zoologia de Invertebrados, Entomologia e Práticas em Biologia buscando, através da educação, contribuir para formação de profissionais brasileiros comprometidos com a Ciência e com o respeito a diversidade de vidas. 

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Publicado

2021-10-20