Internações por doenças de veiculação hídrica: distribuição espacial e correlação no estado do Rio de Janeiro, 2008-2018

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.007.0015

Palavras-chave:

Poluição da água, Saneamento Básico, Saúde

Resumo

Objetivou-se identificar o padrão espacial de internações por doenças de veiculação hídrica no estado do Rio de Janeiro para o período de 2008 a 2018, bem como analisar a correlação entre as taxas de internação pelo referido grupo de doenças e características sanitárias e socioeconômicas. A distribuição espacial das taxas de internação por doenças de veiculação hídrica permite que sejam delimitadas áreas prioritárias para a implementação de ações integradas, que contemplem a melhoria das condições de saneamento básico, principalmente no que se refere ao tratamento do esgoto coletado, além de ações que contribuam para a educação sanitária da população. Foram aplicadas, neste estudo, técnicas de análise espacial de dados de área (Índice de Moran) e análise de correlação de Spearman. Os resultados mostraram redução nas taxas de internação pelo grupo de doenças no estado. Entretanto, as regiões Noroeste e Serrana ainda apresentam municípios com elevadas taxas de internação e auto correlação espacial positiva, sendo identificadas como áreas prioritárias para adoção de medidas mitigadoras. As variáveis investimento realizado em coleta/tratamento de esgoto, atendimento por coleta com tratamento de esgoto, IDH, IDH Renda e taxa de alfabetização se correlacionaram negativamente com a taxa média de internação, enquanto o atendimento por coleta sem tratamento de esgoto apresentou correlação positiva. Cabe ressaltar, que a gestão deve sempre considerar as especificidades locais, para que as medidas sejam eficazes e a população seja protegida do acometimento dessas e outras enfermidades.

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Biografia do Autor

Roberta Fernanda da Paz de Souza Paiva, Universidade Federal Fluminense

Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Juiz de Fora (2002), mestrado em Economia Aplicada pela Universidade Federal de Viçosa (2005) e Doutorado em Desenvolvimento Econômico pela UNICAMP (2010). Atualmente é professora associada da Universidade Federal Fluminense, professora do Programa de Pós Graduação em Tecnologia Ambiental/UFF e Chefe do Departamento de Engenharia de Agronegócios. Tem experiência na área de Economia, com ênfase em Economia dos Recursos Naturais, atuando principalmente nos seguintes temas: Economia Ecológica, recursos hídricos e valoração ambiental. 

Marcela Fernanda da Paz de Souza, Universidade do Estado de Minas Gerais

Coordenadora do Curso de Jornalismo da UEMG-Frutal, MG. Professor Adjunto Nível A Grau VI no curso de Comunicação Social - habilitação Jornalismo na Universidade do Estado de Minas Gerais, Unidade Frutal. Professora Permanente do Mestrado de Programa de Pós-graduação em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para a Inovação (PROFNIT). Bolsista de Produtividade em Pesquisa -Chamada 01/2021 -UEMG. Pós-doutora em Estudos Urbanos e Regionais na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), bolsista PNPD - linha Estado e Políticas Públicas. Doutora em Ciências Sociais pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais/Linha Políticas Públicas e Desigualdade Social na Universidade Federal de Juiz de Fora (PPGCSO/UFJF). Realizou doutorado sanduíche em Sociologia no Instituto de Ciências Humanas, na Universidade Clássica de Lisboa, com a bolsa Capes/PDSE out/2012-fev/2013. Mestre em Ciências Sociais/Linha Políticas Públicas e Desigualdade Sociais (PPGCSO/UFJF). Especialista em Planejamento e Gestão Social (360h)/UFJF. Aperfeiçoamento em Gestão Pública para Gênero e Raça (300h)/UFMG. Aperfeiçoamento em Estatística SPSS/150h. Bacharel em Comunicação Social pela UFJF. Pesquisa as áreas de gênero, raça e grupos étnicos; desigualdades; comunicação pública. Líder do Grupo de Pesquisa Comunicação e Equidade registrado no Diretório do CNPq e na Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da UEMG. 

Ana Luiza de Oliveira Maia, Universidade Federal Fluminense

Professora Substituta na Universidade Federal Fluminense no curso de graduação em Engenharia de Agronegócios - (Engenharia de Produção - Agroindústria) em Volta Redonda. Mestre em Tecnologia Ambiental também pela Universidade Federal Fluminense. Graduada em Engenharia de Produção - Agroindústria e bolsista de intercambio sanduíche por seis meses pela UFF na Universidade de Salamanca - USAL, Espanha.

Carolina da Silva Rocha, Universidade Federal Fluminense

Bacharel (2020) em Engenharia de Produção Agroindustrial pela Universidade Federal Fluminense. Possui experiência em pesquisa científica, tendo trabalhado como pesquisadora pela Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro. Além disso, possui vivência no ramo de consultoria de negócios. Atualmente, analista de qualidade no setor de telecomunicações.

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Publicado

2021-07-15

Como Citar

Paiva, R. F. da P. de S., Souza, M. F. da P. de, Maia, A. L. de O. ., & Rocha, C. da S. (2021). Internações por doenças de veiculação hídrica: distribuição espacial e correlação no estado do Rio de Janeiro, 2008-2018. Revista Ibero-Americana De Ciências Ambientais, 12(7), 155–164. https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.007.0015