Avaliação do impacto potencial entre TSM e precipitação extrema: um estudo observacional no sudeste do Brasil

Autores

  • Paula Marangoni Gazineu Marinho Pinto Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Lucio Silva de Souza Universidade do Estado do Rio de Janeiro
  • Alessandro Mendonça Filippo Universidade do Estado do Rio de Janeiro
  • Alexandre Macedo Fernandes Universidade do Estado do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.005.0019

Palavras-chave:

Extremos de precipitação, Temperatura da Superfície do Mar, Baía de Ilha Grande, Baía de Sepetiba

Resumo

Este trabalho tem como objetivo identificar, por meio de análise estatística, a relação entre eventos extremos de precipitação e anomalias de TSM (ATSM) nos municípios do entorno das baías da Ilha Grande (IGB) e Sepetiba (SB) no estado do Rio de Janeiro. Avaliando sua distribuições, usando dados medidos de estações pluviométricas e relacionando esses eventos a potenciais anomalias de TSM encontradas nesta região. Foram usados ​​dados de 10 estações pluviométricas distribuídas ao redor das baías e o conjunto de dados de TSM obtidos do Multi-scale Ultra-high Resolution Sea Surface Temperature (MUR)  de 2003 a 2014. A ATSM e sua média foram geradas para cada uma das três subáreas delimitadas na área de estudo. As séries temporais obtidas de cada subárea definem os limites para ATSM significativo, com base em seus respectivos desvios padrão. O número de dias com ATSM foi obtido a partir desses valores de anomalia significativos, e dias com ATSM positivo ou negativo, para cada subárea, foram computados. Para a análise de ATSM, apenas eventos com anomalias significativas foram considerados. Foram analisados ​​apenas as ATSM ocorridas nos dias de precipitação intensa acima do percentil 95 e até 3 dias antes da data do evento extremo. Os resultados mostraram que cerca de 35% dos eventos extremos de precipitação foram potencialmente relacionados à presença de anomalias significativas de TSM na área estudada. Por fim, aponta-se que anomalias regionais na TSM, como as descritas neste estudo, também podem contribuir para a formação de chuvas extremas.

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Biografia do Autor

Paula Marangoni Gazineu Marinho Pinto, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Técnica em Meteorologia pelo CEFET/RJ (2013). Possui graduação em Oceanografia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ (2019) e mestrado em Engenharia Oceânica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ (2021). Foi estagiária no Laboratório de Oceanografia Física e Meteorologia (LABOFIS) da UERJ, atuando no NAPROA - Núcleo Aplicado ao Estudo e Processos Oceânicos e Atmosféricos, coordenando o BANDA - Banco de Dados Meteorológicos e Oceanográficos. Atualmente realiza pesquisas na área de Inteligência Artificial (Redes Neurais e Deep Learning) aplicado à previsão de ondas no Laboratório de Instrumentação Oceanográfica (LIOc), COPPE/UFRJ. E participa do Projeto de Caracterização da Meteorologia e do Clima de Ondas da Bacia de Santos, estudando eventos extremos de onda. Tem experiência na área de Oceanografia, com ênfase em Oceanografia Física e Meteorologia. 

Lucio Silva de Souza, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Meteorologista formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2001), Mestre (2004) e Doutor (2010) em ciências em Engenharia Civil - Engenharia Ambiental (área de concentração de Ciencias Atmosféricas em Engenharia) pela Coordenação dos Programas de Pesquisa e Pós Graduação em Engenharia COPPE-UFRJ. Atualmente é Professor Adjunto na Universidade do Estado do Rio de Janeiro UERJ - FAOC, Faculdade de Oceanografia, Departamento de Oceanografia Física e Meteorologia. Foi Servidor Público Federal do Instituto Nacional de Meteorologia - INMET (2007-2015). Tem experiência na área de Geociências/Meteorologia, com ênfase em Modelagem Meteorológica, sistemas acoplados de modelos na interface oceano-atmosfera e Previsão do Tempo, diagnóstico a prognóstico climático, modelagem numérica da Dispersão de poluentes atmosféricos, da formação de oxidantes fotoquímicos, atuando principalmente nos seguintes temas: modelos acoplados, interação oceano atmosfera, contaminação atmosférica, campanhas intensivas de monitoramento meteorológico e da qualidade do ar, manutenção de estações meteorológicas de superfície, modelagem multi-escala da qualidade do ar, previsão operacional do Tempo e Avaliação Climática. Instrutor/Facilitador da Organização Mundial de Meteorologia - OMM, para atividades de Ensino à Distância. Professor pós-graduação no programa ProfÁgua (Mestrado profissional CAPES/ANA). Ensino de Meteorologia, Climatologia e Meteorologia aplicada aos sistemas na interface ar-mar e à gestão dos recursos hídricos.

Alessandro Mendonça Filippo, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Possui graduação em Oceanografia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1987), mestrado em Geociências (Geoquímica) pela Universidade Federal Fluminense (1997) e doutorado em Geociências (Geoquímica) pela Universidade Federal Fluminense (2003). Acumulou, ao longo de mais de 20 anos, experiência em Gerência Ambiental ? avaliação de impacto ambiental, auditorias, administração de equipes multi-disciplinares, Plano de Controle e Combate à Emergência, Controle e Prevenção de Poluição Acidental nas Indústrias de Processos Químicos, Petroquímicos, de Petróleo (off-shore), em Licenciamento Ambiental, Avaliação de Impacto Ambiental, EIA/RIMA, Programas de Monitoramento de Qualidade de Águas e Macrozoneamento Costeiro, Oceanografia de baías, lagunas costeiras, estuários e águas costeiras, Ecologia de manguezais, Modelagem numérica de fluxo e transporte em sistemas costeiros, sensoriamento remoto por satélite e aplicativos de GIS para sistemas costeiros, desenvolvimento de banco de dados e gerenciamento costeiros. Participou e foi responsável técnico do Sistema de Informações e Modelagens para Apoio Operacional ? SIMAO, que disponibiliza informações ambientais em tempo real, previsões de dados meteo-oceanográficos resultantes de modelos atmosféricos e hidrodinâmicos para uso das unidades marítimas da UN-RIO e foi integrante do grupo de Controle de Emergências da Gerência de SMS da UN-RIO/Petrobras. Fez parte do Núcleo de Meio Ambiente da CONCREMAT Engenharia e, atualmente, é Professor Adjunto do Departamento de Oceanografia Física da Faculdade de Oceanografia da UERJ. Atua nas linhas de pesquisa Interação Oceano-Atmosfera e Variabilidade do Nível do Mar em diferentes escalas.

Alexandre Macedo Fernandes, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

PhD em Oceanografia Física pela Florida State University (2007). Atualmente, é professor Associado do Departamento de Oceanografia Física e Meteorologia da Faculdade de Oceanografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Área de atuação tem como foco a Hidrodinâmica Marinha, dos estuários ao Talude continental.

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Publicado

2021-03-28

Edição

Seção

Meteorologia, Climatologia e Mudanças Climáticas