Reciclagem de copos descartáveis de poliestireno pós-consumo para construção de luminárias pendentes

Autores

  • Ana Paula Knopik Universidade Tecnológica Federal do Paraná http://orcid.org/0000-0003-1674-2888
  • Gabryel Emed da Silva Universidade Tecnológica Federal do Paraná
  • Michelle Campos de Almeida Universidade Tecnológica Federal do Paraná
  • Marciel José Zuclinski Faculdade Sociesc de Curitiba
  • Juliana Regina Kloss Universidade Tecnológica Federal do Paraná http://orcid.org/0000-0002-3632-6219

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.005.0039

Palavras-chave:

Reciclagem mecânica, Termoplásticos, Copos descartáveis, Poliestireno cristal, Luminárias pendentes

Resumo

A crescente utilização de materiais poliméricos descartáveis, contrapondo o tempo longo de decomposição, torna necessário pensar em propostas para minimizar o impacto ambiental decorrente do descarte inadequado na natureza. Dessa forma, uma das alternativas é a reciclagem mecânica, possibilitando o resíduo ter viabilidade comercial. Nessa perspectiva o presente trabalho teve como objetivo construir luminárias de poliestireno (PS) reciclado mecanicamente a partir de copos descartáveis. Os copos foram recolhidos quinzenalmente durante seis meses, submetidos à triagem e secagem. Em seguida, triturados, processados via extrusão, granulados e processados via injeção. Os materiais foram analisados através das seguintes técnicas: espectroscopia na região do infravermelho, ensaio mecânico de tração, teste de chama, teste de ausência de cloro (teste de Beilstein) e teste prévio de amarelamento. Foram comparados o PS cristal virgem e o PS reciclado. Após a caracterização, os corpos de prova foram perfurados para construção da luminária pendente.  Os resultados dos testes de chama e de Beilstein foram muito satisfatórios. Já as análises de propriedades mecânicas, devido a possível presença de aditivos na composição dos copos descartáveis e/ou a utilização de um porcentagem de poliestireno de alto impacto, apresentaram resultados referentes a um material reciclado mais elástico, tornando neste caso a luminária mais resistente. As análises de espectroscopia na região do infravermelho, em comparação com outros estudos já realizados para o PS, mostraram resultados muito similares. Em relação ao teste prévio de amarelamento, visualmente nenhuma alteração foi identificada. Portanto, a construção de luminárias pendentes mostrou-se uma alternativa eficaz e sustentável para copos descartáveis pós-consumo.

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Biografia do Autor

Ana Paula Knopik, Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Graduanda de Química Bacharelado na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) Curitiba. Realizou iniciação científica no projeto CNPq, aprovado na chamada 31/2018, intitulado Estratégias para Inserção e Manutenção de Meninas nas áreas de Ciências Exatas e suas Tecnologias e atualmente participa como extensionista no Projeto Meninas nas Ciências UTFPR Curitiba.

Gabryel Emed da Silva, Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Possui graduação em Processos Ambientais pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (2019) e ensino médio pelo Colégio da Polícia Militar do Paraná (2014).

Michelle Campos de Almeida, Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Possui segundo grau pelo Colégio Estadual do Paraná (CEP) e Técnico em Meio Ambiente pelo Colégio Estadual Paulo Leminski. Atualmente é graduanda da Universidade Tecnológica Federal do Paraná pelo curso de Tecnologia em Processos Ambientais. Tem experiência na área Ambiental.

Marciel José Zuclinski, Faculdade Sociesc de Curitiba

Possui graduação em Polímeros pela Faculdade Sociesc de Curitiba(2014). Atualmente é Gerente de Produção da Empresa Westaflex do Brasil. Tem experiência na área de Química, com ênfase em Química Orgânica.

Juliana Regina Kloss, Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Possui graduação (bacharelado e licenciatura) em Química pela Universidade Federal do Paraná (2001), mestrado com progressão (2004) e doutorado na área de Química Orgânica com ênfase em polímeros pela mesma instituição (2007). Atualmente é professora adjunta e pesquisadora na Universidade Tecnológica Federal do Paraná-Campus Curitiba e também, docente colaboradora no Programa de Pós-Graduação em química PPGQ-UTFPR. Foi responsável pela área de pesquisa e desenvolvimento na empresa Ioto International, professora da Universidade Estadual de Ponta Grossa e da Sociedade Educacional de Santa Catarina (SOCIESC) na Unidade Curitiba. Tem experiência na área de Química Orgânica, com ênfase em Polímeros e Colóides, atuando principalmente nos seguintes temas: poliuretanos, aditivos para materiais poliméricos, nanocompósitos, biodegradação e reciclagem de polímeros.

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Publicado

2021-03-28

Edição

Seção

Desenvolvimento, Sustentabilidade e Meio Ambiente

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