Efeito fitotóxico de extratos de Pinus Elliottii sobre plantas invasoras de sistemas de cultivo agrícola.
DOI:
https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.005.0011Palavras-chave:
Alelopatia, Bioherbicida, Ecotoxicidade, GlifosatoResumo
Dentre os fatores que acarretam a baixa produtividade rural, ervas daninhas são responsáveis por 34% das reduções nos rendimentos agrícolas. Devido ao aumento e descontrole do uso de agroquímicos como o glifosato, requer-se, cada vez mais, alternativas menos prejudiciais à saúde humana e ao ambiente e que assegurem o controle de ervas e a segurança alimentar. Em vista disso, este estudo investigou uma propriedade denominada de alelopatia encontrada na espécie de pinheiro Pinus elliottii, de modo a avaliar o potencial bioherbicida do seu efeito alelopático sobre plantas invasoras de sistemas de cultivo agrícola pré e pós-emergentes. Inicialmente, os extratos aquosos obtidos a partir dos ramos de Pinus elliottii foram diluídos em diferentes concentrações e modelos de acordo com o teste a ser realizado. Para simular um sistema pós-emergente, os extratos foram aplicados sobre indivíduos jovens de Conyza bonariensis e Cyperus rotundus, ambas espécies de ervas. Posteriormente, amostras das raízes e partes aéreas das ervas foram coletadas e submetidas a análises de umidade e metais. A digestão ácida ocorreu em um forno micro-ondas com as amostras de cada conjunto previamente desidratadas para a medição dos teores de sódio (Na) e potássio (K) através de fotometria de chama. Em relação ao sistema pré-emergente, analisou-se a interferência do Pinus elliottii em fatores de germinação e formação de plântulas da espécie Bidens pilosa. Ademais, os extratos foram submetidos a análises de compostos orgânicos e ecotoxicidade aguda através de testes com nauplios de Artemia salina. O teste pós-emergente demonstrou uma similaridade entre o efeito fitotóxico do Pinus elliottii e do herbicida referência, o glifosato, através da redução da umidade das raízes e partes aéreas das amostras, o que acarreta o aumento de Na e diminuição de K na planta, sugerindo-se um desequilíbrio metabólico que ocasiona e morte vegetal. O teste pré-emergente revelou que o extrato a 16% (m/v) causou 100% de inibição na germinação de Bidens pilosa e o extrato a 8% foi suficiente para demonstrar significância estatística ao interferir no atraso e formação de plântulas e germinação. Com relação a ecotoxicidade, o Pinus elliottii indicou CL50 igual a 2000 ppm do extrato a 16%, o que se encontra dentro do limite de toxicidade, que estabelece CL50 < 1000 ppm para substâncias tóxicas. Desta forma, os extratos do Pinus elliottii revelaram eficiência tanto em sistemas pré quanto pós-emergentes e garantiram toxicidade dentro de diretrizes ambientais regulamentadas, evidenciando-se, portanto, seu promissor potencial fitotóxico e uso como bioherbicida.
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