Inovação em escritórios de contabilidade em tempos de pandemia

Autores

  • Daniela Orell Vieira Universidade Federal de Santa Catarina
  • Sérgio Murilo Petri Universidade Federal de Santa Catarina https://orcid.org/0000-0002-1031-7939
  • Valmir Emil Hoffmann Universidade Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-684X.2022.003.0014

Palavras-chave:

Inovação, Contabilidade, TICS, Desempenho, Pandemia

Resumo

A Pandemia do Covid 19 impôs uma nova conjuntura socioeconômica em que os escritórios de contabilidade tiveram que se adaptar de forma repentina para mitigar os impactos advindos do isolamento social, da retração global financeira e do próprio vírus. Nesse contexto, o presente estudo tem como objetivo geral avaliar as mudanças ocorridas nas operações dos escritórios diante da pandemia Covid-19, e como objetivos específicos: verificar a adoção de novos TICs; identificar a adoção de novas formas de trabalho; e avaliar o desempenho organizacional em escritórios de contabilidade. O objetivo foi alcançado através de aplicação metodológica do tipo qualitativa-quantitativa, com amostra não probabilística, realizando questionário com 47 empresas, e selecionando 38, pois são as que possuem mais de 3 anos de existência dentre as entrevistadas, o que possibilita a vivência da adaptação abrupta do pré e do pós-pandemia. O questionário levantou ainda o perfil dos respondentes e das empresas. e coletou as respostas através de notas que expressavam o grau de concordância de 0 a 10 em relação as 40 assertivas apontadas. Os resultados encontrados nessa pesquisa apontam que os escritórios de contabilidade pesquisados foram adeptos às mudanças e novas formas de prestação de serviço. Entretanto, os esforços necessários para inovar e implementar as TICs foram, algumas vezes, uma barreira, pois demandaram esforços financeiros e comportamentais numa conjuntura desafiadora. As TICs vivenciadas pelos respondentes possibilitaram que os serviços fossem prestados com mais agilidade, segurança, praticidade, personalização e especialidade. Os clientes ficaram satisfeitos com a adaptação da prestação dos serviços e a quantidade de serviços aumentou. Entretanto, as taxas de lucratividade das empresas caíram, e a carteira de clientes não aumentou como os respondentes pretendiam.

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Biografia do Autor

Daniela Orell Vieira, Universidade Federal de Santa Catarina

Estudante do curso de Ciências Contábeis na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e assistente contábil na área do Departamento Pessoal.

Sérgio Murilo Petri, Universidade Federal de Santa Catarina

Possui graduação em Ciências Contábeis pela Universidade do Vale do Itajaí (1997), mestrado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (2000) e doutorado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (2005). Atualmente é professor associado da Universidade Federal de Santa Catarina e professor do Programa de Mestrado e Doutorado em Contabilidade (PPGC/UFSC) e ainda é professor do Programa de Mestrado Profissional em Controle de Gestão (PPGCG/UFSC). Também atua como professor de Cursos de Especialização e de MBA, por várias instituições no Brasil. Referee de diversos perióficos no Braisl e no Exterior. Tem experiência na área de Ciências Contábeis e Administração, com ênfase em Avaliação de desempenho Organizacional, atuando principalmente nos seguintes temas: Contabilidade, Contabilidade Gerencial. Metodologia Multicritério de Apoio à Decisão - MCDA-C, Balanced Scorecard - BSC, Avaliação de desempenho, Planejamento Estratégico e Planejamento tributário. Participante do Grupo de Pesquisa Gestão Pública e Avaliação de Desempenho.

Valmir Emil Hoffmann, Universidade Federal de Santa Catarina

Valmir Emil Hoffmann concluiu o doutorado em Administração de empresas - Universidad de Zaragoza em 2002. É Professor Titular do Departamento de Contabilidade na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com atuação no PPG em Contabilidade na UFSC e no PPG Profissional de Controle de Gestão; no PPG em Administração (PPGA) da UnB. Atuou como coordenador do MPA (UnB) - 2011-2015; coordenou o PPGA (UnB) - 2016-2018. Publicou vários artigos em periódicos e apresentou diversos trabalhos no Brasil e no exterior. Também participou com capítulos de livros no Brasil e publicou livros no Brasil e na Espanha. Concluiu 27 orientações de mestrado e 7 teses de doutorado. Produziu diversos trabalhos técnicos, entre consultorias e disciplinas em cursos de especialização. Sua linha de pesquisa tem se centrado em competitividade e estratégia, notadamente em temas ligados às relações interorganizacionais, como redes, aglomerações territoriais (clusters) e desempenho, em empresas de manufatura e de serviços (turismo)

Publicado

2023-01-08

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