Efeitos de adições minerais para mitigação de reações álcali-agregado no concreto: estado da arte

Autores

  • Yuri Sotero Bomfim Fraga Universidade de Brasília
  • Carla Mabel Medeiros de Albuquerque e Silva Universidade de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.6008/SPC2318-3055.2017.001.0001

Palavras-chave:

Patologia, Reação álcali-agregado, Adições Minerais

Resumo

O concreto é um material de construção civil que tem seu uso disseminado no mundo todo. Alguns fatores, como a escolha de materiais e manuseio inadequados, assim como a exposição a ambientes agressivos, podem gerar patologias nesse material. A deterioração, por exemplo, pode ocorrer na parte interna do material, como é o caso da reação álcali-agregado (RAA), onde os álcalis que existem na pasta de cimento interagem com os minerais reativos do agregado. Esse tipo de reação pode resultar em um gel expansivo, onde ao se dispor nos vazios do concreto e na superfície do agregado em contato com a pasta de cimento, pode ocasionar fissuras generalizadas, e assim comprometer a qualidade da estrutura. As RAA podem ser de três tipos: reação álcali-sílica; reação álcali-silicato; e reação álcali-carbonato. Cada tipo de reação depende da composição mineralógica reativa do agregado. Diante dos problemas gerados pelas RAA, diversos estudos têm procurado maneiras de minimizar estes efeitos. Um dos métodos mais utilizados para reduzir os impactos causados pelas RAA é a utilização de adições minerais. Desta forma, este trabalho objetivou fazer uma busca no estado da arte sobre os efeitos das principais adições minerais utilizadas para mitigar as RAA. Ficou evidenciado, a partir dos resultados vistos, que a adição de materiais pozolânicos em concretos e argamassas para mitigar as RAA pode ser bastante eficaz. Observou-se que as adições mais utilizadas são a cinza de casca de arroz, cinza volante, escória granulada de alto forno, escória de aciaria, sílica ativa e metacaulim. Alguns resultados possibilitaram concluir que estas adições ajudam a reduzir as expansões nas RAA, porém, se não tiver um teor ótimo, podem agir de forma contrária, facilitando as reações.

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Biografia do Autor

Yuri Sotero Bomfim Fraga, Universidade de Brasília

Doutorando e mestre (2019) em Estruturas e Construção Civil pela Universidade de Brasília - UnB, pós-graduando em MBA em Gestão de Projetos pela Universidade de São Paulo - USP. Possui pós-graduação em Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho pela Universidade Candido Mendes - UCAM (2018), graduação em Engenharia Civil pela Universidade Tiradentes - UNIT (2016), onde atuou como representante discente do colegiado do curso de Engenharia Civil, e formação completa em Inglês pelo Fisk (2012). Foi monitor das disciplinas Linguagem de Programação, Hidráulica, Mecânica dos Solos, Concreto I e Saneamento na Universidade Tiradentes. Possui experiência em orçamento, planejamento, projetos, construção de conjuntos habitacionais populares, unidades habitacionais verticais de alto padrão e Obras de Arte Especiais-OAEs (pontes). Atualmente desenvolve projetos de engenharia (arquitetônico, elétrico, hidrossanitário e combate a incêndio) com auxílio dos softwares AutoCAD, Revit, Lumine e Hydros e atua como pesquisador na área de materiais de construção com ênfase no estudo da microestrutura de materiais cimentícios de alto desempenho, materiais cimentícios suplementares e nanomateriais.

Carla Mabel Medeiros de Albuquerque e Silva, Universidade de Brasília

Possui graduação em Ciência e Tecnologia (2014) e em Engenharia Civil (2016) pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido, especialização em Docência do Ensino Superior (2018) pela Universidade Católica Dom Bosco e mestrado em Estruturas e Construção Civil (2019) pela Universidade de Brasília.

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Publicado

2017-09-15

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