Evolução espaço-temporal do uso do solo na estação ecológica do rangedor e seu entorno
DOI:
https://doi.org/10.6008/SPC2179-6858.2017.003.0022Palavras-chave:
geoprocessamento, unidade de conservação, uso da terra, expansão urbanaResumo
A criação de Unidades de Conservação (UC) representa um instrumento essencial para a conservação de ambientes naturais, principalmente nas regiões metropolitanas, como é o caso da Estação Ecológica do Rangedor - ESEC, caracterizada como unidade de Proteção Integral que permite somente o uso indireto dos recursos naturais. Neste trabalho aborda-se a evolução espaço-temporal do uso da terra da ESEC do Rangedor e seu entorno (1 km), nos anos de 1976, 2001 e 2012, a fim de analisar a dinâmica das mudanças espaço-temporais e se a UC está sendo efetiva na sua função ecológica. Com este propósito, utilizaram-se as ferramentas de geoprocessamento e sensoriamento remoto, além de expedições de campo, visando compreender a dinâmica dos impactos ambientais no comprometimento dos habitats e componentes ecológicos da área protegida e os aspectos geoambientais e socioeconômicos que permeiam a problemática hídrica na Estação Ecológica do Rangedor Constatou-se que houve uma expressiva redução da drenagem na área protegida, além da ocorrência de outros impactos como desmatamento, invasão de espécies alóctones, queimadas e deposição de resíduos sólidos, que comprometem os atributos e o enquadramento da unidade de conservação na categoria de proteção integral. Por outro lado, apesar de todos os problemas ambientais observados neste estudo, a existência da ESEC oferece a possibilidade de recuperação da vegetação natural e atua efetivamente contra a ameaça de expansão imobiliária para o interior da área protegida.
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