Glifosato, Superplantas e Subminhocas

Autores

  • Fabio Veríssimo Correia Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
  • Josino Costa Moreira Fundação Oswaldo Cruz
  • Cristiane Araujo Nascimento Universidade Federal de Alagoas
  • Emiliano de Oliveira Barreto Universidade Federal de Alagoas

DOI:

https://doi.org/10.6008/SPC2179-6858.2015.001.0025

Palavras-chave:

Poluição do Solo, Herbicida, Minhocas, Plantas Daninhas

Resumo

O glifosato é um herbicida considerado de baixa toxicidade sendo o mais utilizado principalmente em plantações de soja transgênica e mesmo em outras atividades domiciliares de combate ao crescimento de plantas indesejadas. Atualmente o Brasil é um dos maiores consumidores deste agrotóxico no mundo. Entretanto seu uso tem provocado o desenvolvimento de resistência em algumas plantas e também casos de impacto negativo sobre a biota do solo. As minhocas são organismos importantes para ciclagem de nutrientes e para a rede trófica dos solos, mas estudos em laboratório mostram que estes animais podem estar sendo seriamente afetadas por este herbicida. Organismos expostos a concentrações de glifosato de 1, 10, 100, 500, 1000 mg.Kg-1 por períodos incubatórios de 14, 21, 28, 42 e 56 dias mostraram redução de peso (perda de até 50%), parada reprodutiva e notórias alterações morfológicas. Estes resultados sugerem que estes organismos estão sob risco e podem inclusive desaparecer de plantações que usam este agrotóxico e evidenciam uma séria lacuna no conhecimento das relações biota-ambiente com consequente efeito sobre a saúde ambiental.

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Biografia do Autor

Fabio Veríssimo Correia, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Graduação em Engenharia Agronomica pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (1996), mestrado em Agronomia (Solos e Nutrição de Plantas) pela Universidade Federal de Lavras (2000) e doutorado em Ciências Ambientais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2005). Pos doutorando em Ciências Ambientais pelo Instituto Oswaldo Cruz. Atualmente é Prof. Adjunto do Departamento de Ciencias Naturais da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro e Pesquisador Visitante da FIOCRUZ. Tem experiência na área Ambiental, com ênfase em Agronomia, atuando principalmente nos seguintes temas: Saude Ambiental, Ecotoxicologia, Manejo e conservação do Solo, Poluição, e recursos naturais.

Josino Costa Moreira, Fundação Oswaldo Cruz

Possui graduação em Farmacia pela Universidade Federal de Juiz de Fora (1967), mestrado em Química (Química Analítica Inorgânica) pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1977) e doutorado em Quimica - Loughborough University (1991). Tem experiência na área de Química, com ênfase em Eletroanalítica, atuando principalmente nos seguintes temas: rio de janeiro, contaminação ambiental, voltammetry, chumbo e agrotoxicos. Fator H = 25 (base Scopus, 2011).

Cristiane Araujo Nascimento, Universidade Federal de Alagoas

Mestre em Ciências da Saúde pelo Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal de Alagoas, possui graduação em Enfermagem e Obstetrícia pela Universidade Federal de Alagoas (01/2001) e especialização em Enfermagem Obstetriícia pela Universidade Federal de Alagoas(08/2001). Atualmente é Professora Assistente da Universidade Federal de Alagoas, Campus Arapiraca. Leciona as disciplinas de Saúde da Mulher I, Saúde da Mulher II e Embriologia. É docente da Especialização em Saúde Coletiva e Ambiente/UFAL. Atua como Enfermeira da Universidade Federal de Alagoas coordenando os Estágios Curriculares Supervisionados.

Emiliano de Oliveira Barreto, Universidade Federal de Alagoas

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1997), mestrado (2001) e doutorado (2005) em Biologia Celular e Molecular pela Fundação Oswaldo Cruz. Professor Adjunto da Universidade Federal de Alagoas credenciado nos programas de pós-graduação em Ciências da Saúde e no programa de pós-graduação em Materiais. Coordena e participa de projetos na área de farmacologia, biologia celular e nanotecnologia, atuando principalmente nos seguintes temas: inflamação, nanobiotecnologia e produto natural.

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Publicado

2015-04-09

Edição

v. 6 n. 1 (2015): Revista Ibero-Americana de Ciências Ambientais - Dez 2014, Jan, Fev, Mar, Abr, Mai 2015

Seção

Notas Científicas

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