Eficiência da água no combate aos incêndios florestais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.002.0009

Palavras-chave:

Proteção florestal, Intensidade de queima, Técnicas e operações florestais

Resumo

Questões econômicas e culturais, fazem com que grande parte dos combates aos incêndios florestais no Brasil ainda sejam baseados na aplicação da água como único recurso. Porém, a escassez desse recurso nas proximidades das ocorrências aliada à problemática dos períodos de estiagem e mudanças climáticas, torna necessário o uso estratégico desse recurso. Desse modo, com o presente estudo, objetivou-se a realização da análise do efeito de diferentes volumes de água no combate aos incêndios em florestas de produção. O experimento foi realizado em plantios de eucalipto com 7 anos de idade, em uma propriedade rural no município de São José do Calçado, sul do estado do Espírito Santo. O material combustível utilizado foi serapilheira seca depositada no solo de forma natural, constituída de folhas secas e galhos de até 5 cm de diâmetro. A área experimental foi composta por 18 parcelas, com dimensões de 1 m x 3 m. Foram utilizados diferentes volumes de água por metro quadrado em cada tratamento, 0,5L; 1L; 1,5L; 2L; 2,5L e testemunha sem água. Antes de iniciar o processo de ignição, aplicaram-se os devidos tratamentos de forma homogênea no espaço de 1 m2 designado para aplicação. No total, foram cinco tratamentos com três repetições cada e um tratamento testemunha, sem adição de água. No estudo foram avaliados, a altura de chamas, a velocidade do vento, tempo e intensidade de queima. A eficiência da água foi comprovada em todos os volumes testados, apresentando aumento no tempo de queima e reduções na altura das chamas e na intensidade de queima relativamente significativos. O tratamento 4 foi o mais adequado e indicado, sendo o mais viável ambientalmente e economicamente. Existe uma relação diretamente proporcional entre a altura das chamas e a intensidade de queima e inversamente proporcional entre os volumes de água aplicados e a altura de chama e intensidade de queima.

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Biografia do Autor

Sillas Ramos Mariano, Universidade Federal do Espírito Santo

Engenheiro Florestal graduado pela Universidade Federal do Espírito Santo. Pós Graduado em Educação Ambiental e Sustentabilidade pelo Instituto Federal do Espirito Santo

Nilton Cesar Fiedler, Universidade Federal do Espírito Santo

Professor Titular da Universidade Federal do Espírito Santo, atuando no Departamento de Ciências Florestais e da Madeira do Centro de Ciências Agrárias e Engenharias. Possui Graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Viçosa (1992), Mestrado em Ciências Florestais pela Universidade Federal de Viçosa (1995), Doutorado em Ciências Florestais pela Universidade Federal de Viçosa (1998) e Pós Doutorado na Universidade de Trás os Montes e Alto Douro em Portugal (2016), com bolsa de Estágio Sênior no Exterior - CAPES . Participa de Convênios Institucionais da UFES com a Universidade de Lisboa (Coordenador) e Universidade Trás os Montes e Alto Douro (UTAD) em Portugal, Universidade de Córdoba e Barcelona (Espanha), Universidade Católica de Temuco (Chile) e Universidade de Hamk (Finlândia) . Ministra as disciplinas Motores e Máquinas Florestais, Incêndios Florestais, Colheita,Transporte e Logistica Florestal, Ergonomia e Segurança do Trabalho para a Graduação e as disciplinas Suprimento de Madeira, Manejo Integrado do Fogo e Logística Florestal para a Pós Graduação em Ciências Florestais da UFES. Tem experiência em orientação de estudantes de Graduação, Mestrado e Doutorado na UFES. Já orientou ou coorientou estudantes de Pós Graduação na Universidade de Brasília, Federal de Viçosa, Estadual do Centro Oeste do Paraná, Federal dos Vales do Mucuri e Jequitinhonha, Federal de Lavras e Federal de Santa Catarina. Atualmente é coordenador dos laboratórios de colheita, ergonomia e logística florestal (LABCELF) e Incêndios Florestais (LABIF) do Centro de Ciências Agrárias e Engenharias da UFES. Consultor Ad Hoc das Revistas Árvore, Scientia Forestalis, Cerne, Pesquisa Florestal Brasileira, Ciência Florestal e Floresta. Atua em extensão universitária na Universidade Federal do Espírito Santo (PROEX-UFES) e no programa de Pós Graduação em Ciências Florestais em nível de Mestrado e Doutorado. Tem experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, atuando principalmente em colheita e transporte florestal, mecanização florestal, incêndios florestais, ergonomia florestal e logística. 

Weslen Pintor Canzian, Universidade Federal do Espírito Santo

Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Espírito Santo (2014), mestrado em Ciências Florestais pela Universidade Federal do Espírito Santo (2016) e doutorado em Ciências Florestais pela Universidade Federal do Espírito Santo (2019). Atualmente é pesquisador: extensão tecnológica - Suzano S.A.. Tem experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, atuando principalmente nos seguintes temas: incêndios florestais, intensidade de queima, retardante de fogo, monitoramento e controle de pragas e doenças florestais. 

Elaine Cristina Gomes da Silva, Universidade Federal do Espírito Santo

Técnica em Contabilidade e em Informática. Graduada em Administração. Mestre em Ciência Florestal e Doutora em Ciências Florestais. Possui experiência profissional e acadêmica em Administração pública e de empresas. Atualmente é Professora adjunta na área de Administração na Universidade Federal do Espírito - Ufes, Campus Alegre. Membro das Comissões Agenda 2030 na Ufes e do Comitê de ética em pesquisa com seres humanos do Campus de Alegre da Ufes. Trabalha com atividades de ensino, pesquisa e extensão.

Saulo Boldrini Gonçalves, Universidade Estadual do Centro-Oeste

Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Espírito Santo (2012), especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (2014) e mestrado em Ciências Florestais pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (2014). Doutorado em Ciências Florestais pela Universidade Federal do Espírito Santo (2017). Atualmente é Professor Adjunto I e coordenador de Extensão da Fundação Universidade Federal do Tocantins, Câmpus Gurupi. Tem experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase em Técnicas e Operações Florestais, Florestamento e Reflorestamento e Manejo Florestal, atuando principalmente nos seguintes temas: Motores e Máquinas Florestais, Colheita e Transporte Florestal, Ergonomia e Segurança do Trabalho florestal, Recuperação de Áreas Degradadas e Otimização Florestal. Possui experiência também em projetos de extensão na área de meio ambiente, resíduos sólidos e desenvolvimento regional. 

Antonio Henrique Cordeiro Ramalho, Universidade Federal do Espírito Santo

Antonio Henrique Cordeiro Ramalho, natural de Malacacheta - MG, Técnico Agrícola com Habilitação em Agropecuária pelo IFMG - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais - Campus São João Evangelista, concluído no ano de 2012 (dois mil e doze); Engenheiro Florestal, pelo IFNMG - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Norte de Minas Gerais - Campus Salinas, com o início no ano de 2013 (dois mil e treze) e conclusão em 2018 (dois mil e dezoito). Mestre em Ciências Florestais (Colheita e transporte florestal) pela UFES - Universidade Federal do Espírito Santo, com início em 2018 e conclusão em 2020. Atualmente doutorando (Colheita, transporte e incêndios florestais) em ciências florestais pela UFES - Universidade Federal do Espírito Santo, Atua nas áreas de pesquisa em Sistema de Informações Geográficas (SIG) aplicadas à colheita, transporte, logística e incêndios florestais. É membro dos núcleos de pesquisa NUPEME (Núcleo de Pesquisa em Mecanização, Ergonomia, Colheita, Logística e Incêndios Florestais) e GAGEN (Geotechnology Applied To Global Environment).

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Publicado

2021-02-12

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