Saberes e práticas tradicionais na extração e cultivo de macroalgas marinhas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2020.006.0053

Palavras-chave:

Colheita, Atividades extrativistas, Gracilaria birdiae, Maricultura

Resumo

Esse estudo teve o objetivo de investigar os saberes e práticas tradicionais presentes nas atividades de extrativismo dos bancos naturais e cultivo de macroalgas marinhas no Rio Grande do Norte. O estudo foi realizado por meio de entrevistas semiestruturadas utilizando questionário composto por assuntos que abordavam questões relacionadas as práticas produtivas, aspectos sociais, manejo das macroalgas e conhecimentos referentes aos ecossistemas costeiros. Além das entrevistas, foi realizado o acompanhamento das atividades produtivas desenvolvidas pelos participantes envolvidos na pesquisa. Dentre os registros obtidos, podemos destacar os saberes tradicionais da atividade extrativista, os conhecimentos empíricos relacionados à ecologia e ciclo de vida das macroalgas. No que se refere a produção das algas cultivadas, ficou constatada que essas práticas contribuem para a diminuição da pressão exercida sobre os bancos naturais, possibilitando a manutenção e a recuperação das populações naturais de macroalgas na área estudada. Além disso, ficou evidenciado que as atividades desenvolvidas pela comunidade têm contribuído para o desenvolvimento econômico, social e ambiental da região. Em conclusão, foi possível verificar que os saberes e práticas tradicionais do extrativismo e cultivo de algas, influenciam de forma positiva na conservação dos recursos naturais, e o seu uso de forma racional é extremamente importante para a perpetuação dos saberes dessas populações tradicionais.

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Biografia do Autor

Ana Beatriz Gomes Ferreira, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Faculdade de Ciências Cultura e Extensão do Rio Grande do Norte - Unifcex (2015) e mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte - PRODEMA/UFRN (2020). Tem experiência na área de Biologia Geral, atuando principalmente nos seguintes temas: biologia marinha, macroalgas, maricultura, educação ambiental e identificação e analise de serviços ecossistêmicos.

Marcella Araújo do Amaral Carneiro, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2004) e mestrado em Bioecologia Aquática pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2007). Concluiu o doutorado em Ciências Biológicas (Botânica) na USP em 2011. Atualmente é Pós-doc pelo Programa PNPD/CAPES - PRODEMA e professora colaborada da UFRN. Tem experiência na área de Ecologia, com ênfase em Botânica Aplicada e Ecologia Aplicada, atuando principalmente nos seguintes temas: Ecologia, manejo e biodiversidade de Macroalgas, Uso de algas como biofiltro, Cultivo de macroalgas em laboratório e no mar, Extração de polissacarídeos e pigmentos das algas, Fotossíntese in situ (PAM). Participou do projeto Biodiversidade, monitoramento, estratégias de sobrevivência e prospecção de macroalgas extremófilas da Antártica. Foi à Antártica para coleta de material (Operantar XXXV - 2016/2017) e como coordenadora de acampamento em estudos Ecofisiológicos na Ilha Snow (Operantar XXXVI e XXXVII - 2017/2018).

Eliane Marinho Soriano, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Possui graduação em Ciências biológicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (1982) e doutorado pela Université Montpellier II - Sciences et Techniques du Languedoc (1997). Atualmente é professor Titular da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Bolsista Produtividade, CNPq. Tem experiência na área de oceanografia, com ênfase em oceanografia biológica. Atuando principalmente nos seguintes temas: ecofisiologia de macroalgas, biorremediação, cultivo de macroalgas, caracterização de polissacarídeos. Atua como professora da graduação (Ciências Biológicas e Aqüicultura) e Pós-graduação (Ecologia e PRODEMA). Orienta alunos de iniciação cientifica, mestrado e doutorado. Consultor ad hoc do CNPq e Capes, Coordenadora de projetos na área de ecologia aplicada e biotecnologia marinha, colaboração com a USP, Instituto de Botânica de São Paulo e Université Montpellier I (França).

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Publicado

2020-07-06

Edição

Seção

Planejamento, Gestão e Políticas Públicas Ambientais

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