Seleção de indicadores de paisagem para as áreas ambientais em assentamento rural

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2018.004.0026

Palavras-chave:

Gestão Ambiental, SIG, Reforma Agrária, Meio Ambiente, Serviços Ecossistêmicos

Resumo

Os Assentamentos Rurais (ARs) são a materialização do processo de reforma agrária no Brasil, sendo caracterizados pela sua multifuncionalidade. Com relação à função ambiental, os ARs devem respeitar os dispositivos legais da Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), com a conservação das áreas de preservação permanente (PP) e de reserva legal (RL); áreas ambientais do AR. Desta forma, é de extrema importância a seleção e a utilização de indicadores para auxiliar na avaliação e monitoramento destas áreas em ARs, associando-se a Sistema de Informação Geográfica (SIG). Neste contexto, o objetivo deste estudo é selecionar indicadores de paisagens para as áreas ambientais em ARs, exemplificado no AR Rosa Luxemburgo II, em São Cristovão, Sergipe. Após revisão bibliográfica, definiu-se oito indicadores de paisagem da categoria 'Uso da Terra', associando-se a utilização de ferramentas de processamento digital de imagens e plataforma SIG. Como principais resultados, têm-se que, no AR estudado, na fase de ordenamento espacial do AR, existe significativa omissão das áreas de PP; cerca de 61% e 48% das áreas ambientais e de RL, respectivamente, estão efetivamente ocupadas com vegetação nativa, necessitando a recomposição florestal das demais áreas ambientais, para a plena disponibilidade dos serviços ecossistêmicos; e, a existência da Assessoria Técnica, Social e Ambiental à Reforma Agrária (ATES) não representou ações ambientais de conservação e de proteção das áreas de PP e RL. Como conclusões, tem-se que os indicadores de paisagem, no modelo DPSIR, são importantes para a avaliação e o monitoramento das áreas ambientais em ARs, mostrando-se uma ferramenta efetiva para o planejamento e a gestão ambiental de ARs.

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Biografia do Autor

Edson Magalhães Bastos Júnior, Universidade Federal de Sergipe

Graduado em Geografia Licenciatura (2003) e Geografia Bacharelado (2006) pela Universidade Federal de Sergipe; Especialista em Geotecnologias pelo Instituto Federal de Educação Tecnológica de Sergipe (2007); Mestre em Geociências e Análise de Bacias, pela Universidade Federal de Sergipe (2016). Atualmente é Técnico em Edificações na Gerência Operacional Regional Sertão, da Companhia de Saneamento de Sergipe. Em 2011 foi Diretor de Geografia e Cartografia da Superintendência de Estudos e Pesquisas (Supes), participando da criação do Observatório de Sergipe e do projeto Base Cartográfica Digital de Sergipe. Atuou durante 9 anos (2006-2015) na área de Cartografia, Geotecnologias e Cadastro junto ao INCRA, na Superintendência Regional de Sergipe, representando a instituição junto à Rede Sergipe de Geotecnologias, onde atuou promovendo capacitações em QGIS e na organização do Geonordeste - Simpósio Regional de Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto. Desenvolve atividades na área de Cartografia e Geoinformação com foco na disseminação de Geotecnologias Livres. Atualmente integra o setor de Cadastro Técnico de Sistemas de Abastecimento de Água, na Gerência Operacional Regional Sertão.

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Publicado

2018-05-23

Edição

Seção

Planejamento, Gestão e Políticas Públicas Ambientais