A percepção ambiental dos atingidos por hidrelétricas na Amazônia oriental

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2022.003.0028

Palavras-chave:

Impactos ambientais, Relação homem-ambiente, População tradicional, Empreendimentos hidrelétricos

Resumo

O avanço dos empreendimentos hidrelétricos na Amazônia possui papel importante na matriz energética brasileira, visto que a maior produção de energia se alinha à crescente demanda das outras regiões do país. Entretanto, o processo da sua implantação envolve danos ambientais e conflitos, entre os povos tradicionais e os empreendimentos hidrelétricos. O objetivo deste artigo foi analisar as percepções dos moradores da sede municipal de Ferreira Gomes sobre os impactos ambientais provocados por três usinas hidrelétricas instaladas no rio Araguari, Amapá. A obtenção dos dados foi mediante aplicação de formulário semiestruturado utilizando a ferramenta Google Forms, cujo tamanho da amostra foi calculado usando o ‘Teorema do limite central’. Os dados coletados foram tabulados em planilhas eletrônicas e analisados. Os resultados apontam, segundo a percepção dos moradores, mudanças na paisagem natural local após a instalação das usinas hidrelétricas, como o surgimento de áreas alagadas próximas à sede municipal de Ferreira Gomes pela formação dos reservatórios, alteração da estabilidade do pulso hidrológico e da qualidade da água, e diminuição de fauna aquática. Então, a partir da ótica dos atingidos a pesquisa revelou que as usinas hidrelétricas estabeleceram novas dinâmicas ambientais no município de Ferreira Gomes, em sua maioria de forma negativa, houve diversos danos a biodiversidade local, e modificou-se o cotidiano dos munícipes e a sua forma de interação com o ambiente.

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Biografia do Autor

Thaís Pantoja de Carvalho, Universidade Federal do Amapá

Possui graduação em Química pela Universidade do Estado do Amapá(2013) e especialização em Educação Especial e Inclusiva pela Faculdade de Teologia e Ciências Humanas(2016). Atualmente é Analista de Apoio Pedagógico - Braille da Universidade do Estado do Amapá. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação Especial e Inclusiva.

Jorge Angelo Simões Malcher, Universidade Federal do Amapá

Professor de Ciências do Estado do Amapá. Possui graduação em licenciatura plena e especifica em Biologia e graduação Licenciatura em Química, especialização em Educação Especial e Inclusiva.

 

 

Daímio Chaves Brito, Universidade do Estado do Amapá

Possui graduação em Licenc. Plena em Ciências - Habilitação em Química pela Universidade Federal do Pará (1997), mestrado em Biodiversidade Tropical pela Universidade Federal do Amapá (2008) e doutorado em Biodiversidade Tropical pela Universidade Federal do Amapá (2013). Atualmente é pesquisador da Universidade de São Paulo e professor titular da Universidade do Estado do Amapá. Tem experiência na área de Química, com ênfase em Ciclos Biogeoquímicos, atuando principalmente nos seguintes temas: Química Ambiental, recursos hídricos, modelagem com SisBaHiA, rio Amazonas, rio araguari, impactos ambientais e gerenciamento.

Daguinete Maria Chaves Brito, Universidade Federal do Amapá

Graduação em GEOGRAFIA LICENCIATURA, GEOGRAFIA BACHARELADO e CIÊNCIAS ECONÔMICAS pela Universidade Federal do Pará (1989, 1991 E 1996), Bacharel em DIREITO, pela Faculdade de Macapá (2015). Mestrado em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade de Brasília (2003) e Doutorado em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Pará (2010). Atualmente é professora Adjunto da Universidade Federal do Amapá. Tem experiência nas áreas de Geografia (Brasil, Amazônia e Amapá), Economia e Direito Ambiental. Atuando nos seguintes temas: Gestão Ambiental, Gestão de Áreas Legalmente Protegidas, com ênfase em Unidades de Conservação, Desenvolvimento Sustentável, Conflitos Socioambientais, Valoração de Recursos Naturais e Direito Ambiental

Publicado

2022-07-02

Edição

Seção

Desenvolvimento, Sustentabilidade e Meio Ambiente

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