Avaliação da toxicidade de efluente de aterro sanitário utilizando semente de alface Lactuca sativa

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2022.003.0013

Palavras-chave:

Germinação, Raiz, Coagulação/Floculação, Lixiviado

Resumo

Diante da preocupação com os impactos negativos que os percolados de aterros sanitários podem causar no meio ambiente, o presente estudo teve por objetivo caracterizar amostras de efluente bruto e tratado de aterro sanitário através de análises físico-químicas e avaliar a toxicidade utilizando semente de alface (Lactuca sativa) como organismo teste, verificando os efeitos na germinação. Para tanto, foram preparadas misturas lixiviado/efluente tratado  a 3,125; 6,25;  12,5; 25; 50 e 100% . As sementes foram expostas tanto às misturas brutas quanto àquelas submetidas ao tratamento biológico, durante 7 dias, a fim de realizar testes de germinação e determinar as características morfológicas das plântulas.  Com o efluente da lagoa de maturação foram realizados testes de coagulação/floculação utilizando três tipos de coagulantes, policloreto de alumínio (PAC), Tanfloc SG e a Moringa + KCl, nas dosagens de 1250 mg L-1, 1000 mg L-1 e 5000 mg L-1, respectivamente. Os testes de toxicidade mostraram diferentes efeitos na germinação e no crescimento das plântulas para as diferentes lagoas de tratamento, a diluição da amostra foi diretamente proporcional ao crescimento das plântulas. O processo de coagulação/floculação mostrou-se eficiente na redução da toxicidade pelo fato de a Lactuca sativa apresentar altas taxas de germinação e crescimento da raiz em concentração de 100% (efluente bruto tratado), evidenciando a sua potencialidade como pré-tratamento ao processo biológico. Constatou-se que a semente de alface é um ótimo bioindicador, mostrando que mesmo utilizando o sistema de lagoas, o efluente ainda continua tóxico, sendo necessário o tratamento por coagulação/floculação. A execução deste trabalho pode auxiliar na identificação de oportunidades de melhorias e alternativas para a operação da estação de tratamento de efluentes de aterros sanitários em outros municípios.

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Biografia do Autor

Ítalo Gerald Almeida, Universidade Federal de Mato Grosso

Possui ensino-fundamental-primeiro-graupela Escola Estadual Ezequiel Ramim(2010) e ensino-medio-segundo-graupelo Instituto Federal Educação, Ciências e Tecnologia(2013). Tem experiência na área de Ciências Ambientais, com ênfase em Técnico em Meio Ambiente.

Karoline Carvalho Dornelas, Universidade Federal do Mato Grosso

Possui graduação em Engenharia Agrícola e Ambiental pela Universidade Federal de Mato Grosso (2014) e mestrado em Ciências Ambientais pela Universidade Federal do Mato Grosso - Campus Sinop (2016). Professora do quadro efetivo da Universidade Federal do Mato Grosso - Campus Sinop. Tem experiência na área de Engenharia Agrícola, com ênfase em Construções Rurais e Ambiência, Energia na Agricultura e Tratamento de Resíduos. Atualmente é doutoranda em Engenharia Agrícola, na área de Construções Rurais e Ambiência da Universidade Federal de Campina Grande - Campus Campina Grande, tendo como foco de pesquisa pressões em silos verticais.

 

Roselene Maria Schneider, Universidade Federal de Mato Grosso

Possui graduação em Engenharia Química pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (2003), mestrado (2006), doutorado (2009) e pós-doutorado em Engenharia Química pela Universidade Estadual de Maringá. Atualmente é professor efetivo da Universidade Federal do Mato Grosso, Câmpus Universitário de Sinop, atuando no curso de Graduação em Engenharia Agrícola e Ambiental (área ambiental) e Pós-Graduação em Ciências Ambientais. 

Milene Carvalho Bongiovani , Universidade Federal de Mato Grosso

Possui graduação em Engenharia Química pela Universidade Estadual de Maringá (2008), mestrado em Engenharia Química pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2010) e Doutorado pela Universidade Estadual de Maringá (2013). Tem experiência na área de Engenharia Química, com ênfase em Água e Efluentes, atuando principalmente nos seguintes temas: tratamento de água potável e efluentes industriais, coagulação/floculação, coagulantes naturais, quitosana, taninos vegetais, trihalometanos, filtração com membranas, lodos ativados. Atualmente é professor efetivo da Universidade Federal do Mato Grosso, Campus de Sinop, curso de Engenharia Agrícola e Ambiental e pós-graduação em Ciências Ambientais. 

Publicado

2022-07-02

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