Recipientes e substratos na produção de mudas de Melanoxylon brauna Schott

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-6858.2021.011.0002

Palavras-chave:

Viveiro florestal, Propagação seminal, Desenvolvimento inicial, Espécie ameaçada

Resumo

Melanoxylon brauna é uma árvore nativa da Mata Atlântica brasileira, de significativa importância ecológica e econômica. Devido a atual ameaça de extinção da espécie e a escassez de estudos relacionados à sua silvicultura, o desenvolvimento de metodologia para a produção de mudas em projetos de reflorestamento e compensação ambiental é de extrema necessidade. Neste sentido, objetivou-se com este estudo avaliar a influência de diferentes substratos e recipientes na produção de mudas de Melanoxylon brauna. O experimento foi instalado e conduzido em casa de vegetação coberta com tela de sombreamento de 70%, sob delineamento inteiramente casualizado em esquema de parcelas subdivididas, sendo as parcelas os recipientes e as subparcelas os substratos. Os recipientes utilizados foram o tubete de polietileno rígido de 800 cm³ e o saco de polietileno com aproximadamente 2800 cm3. Os substratos consistiram em: substrato comercial Trimix®; 80% de terra de subsolo + 20% areia; 50% de terra de subsolo + 50% Trimix® e 80% de terra de subsolo + 20% Trimix®. Para a caracterização dos substratos, realizou-se análises química e física. Aos 240 dias após a semeadura, foram avaliadas a altura, o diâmetro do coleto, o peso de matéria seca da parte aérea, da raiz e total. O substrato 80% terra de subsolo + 20 % areia, independentemente do recipiente, propiciou maior crescimento em altura das mudas de Melanoxylon brauna aos 240 dias, ao passo que o substrato Trimix® quando associado ao recipiente saco plástico, propiciou menor crescimento. Não houve efeito dos substratos e recipientes sobre o diâmetro, peso de matéria seca da parte aérea e peso de matéria seca total das mudas de Melanoxylon brauna, aos 240 dias de permanência em casa de vegetação. Para a variável peso de matéria seca de raízes, o recipiente tubete foi o mais adequado.

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Biografia do Autor

Ana Caroline Macedo de Castro, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

Engenheira Florestal graduada pela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (2013 - 2018) e mestra em Ciência Florestal também pela UFVJM (2018 - 2020), com ênfase em Propagação de Espécies Florestais. Durante a graduação, foi bolsista de Iniciação Científica nos projetos intitulados "Desenvolvimento de metodologia de germinação in vitro e micropropagação de arnica (Lychnophora pohlii Schultz-Bip - Asteraceae)" e "Estratégias de conservação, recuperação e monitoramento ambiental na empresa Anglo American em Conceição do Mato Dentro, MG" na área de Melhoramento Florestal, Gerente de Administrativo e Financeiro na Empresa Júnior Arbórea Florestal e estagiária no Projeto intitulado "Enriquecimento do acervo de plantas do Herbário Dendrológico Jeanine Felfili - HDJF" na Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri.

Luiz Filipe Maravilha, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

Possui graduação em Engenharia Florestal (2018) e mestrado em Ciência Florestal (2020), ambos pela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). Atualmente, é discente de doutorado no Programa de Pós-Graduação em Ciência Florestal na UFVJM. Atua na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase em Biotecnologia e Melhoramento Genético Florestal. 

Miranda Titon, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Mato Grosso (1998), mestrado em Ciência Florestal pela Universidade Federal de Viçosa (2001) e doutorado em Ciência Florestal pela Universidade Federal de Viçosa (2005). Tem experiência nas áreas de propagação de plantas, cultura de tecidos de plantas, melhoramento florestal, atuando principalmente nos seguintes temas: propagação de plantas, micropropagação, miniestaquia e melhoramento florestal. Atualmente é professora Associada III do Departamento de Engenharia Florestal da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM, em Diamantina, Minas Gerais.

André César Pinheiro, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

Possui graduação em Engenharia Florestal e mestrado em Ciência Florestal. Atualmente, é doutorando com ênfase em Recuperação de Áreas Degradadas pela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM. Atua e tem experiência nas áreas de Ecologia Florestal, Amostragem e Levantamentos Florísticos, Estrutura e Análise da Vegetação, Fenologia, Propagação, Resgate de Flora, Silvicultura de Espécies nativas, Dendrologia e Taxonomia de Plantas, Nucleação, Restauração de Ecossistemas e Recuperação de Áreas Degradadas, com ênfase nos biomas Mata Atlântica e Cerrado, incluindo Campos Rupestres.

Múcio Magno de Melo Farnezi, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Fertilidade do Solo e Nutrição Mineral de Plantas, Física e Mecânica dos Solos, Recuperação de áreas degradadas e Georreferenciamento : atuando principalmente nos seguintes temas: Solos Florestais, Nutrição mineral de espécies nativas do cerrado, Silvicultura, DRIS-nutrientes, Café, Plantio direto, Feijão, Milho, Solução nutritiva; Compactação do solo, Pressão de Pré-consolidação, Resistência do solo ao cisalhamento, Caracterização química, física e microbiológica de Solos e Substratos, Avaliação de solos contaminados por metais pesados, Fitorremediação-fitoextração, Avaliação da produção de fitólitos por Poaceas e Métodos de posicionamento GNSS.

Israel Marinho Pereira, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Campina Grande (1997), mestrado em Produção Vegetal pela Universidade Federal da Paraíba (2000) e doutorado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Lavras (2006). Atualmente é adjunto iv da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - Campus JK. Tem experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase em Recuperação de Areas Degradadas, atuando principalmente nos seguintes temas: alto jequitinhonha, recuperação de áreas degradadas, áreas degradadas, recuperação ambiental e sucessão ecológica.

Marcio Leles Romarco de Oliveira, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Viçosa (2001), Mestrado (2003) e Doutorado(2007) em Ciência Florestal pela Universidade Federal de Viçosa. Tem experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase em Dendrometria, Inventário Florestal, manejo florestal e estatística aplicada à engenharia florestal, atuando principalmente nos seguintes temas: Manejo de florestas equiâneas e inequiâneas. Atualmente é professor Associado IV na Universidade Federal dos vales do Jequitinhonha e Mucuri no curso de engenharia florestal. É líder do grupo de pesquisa do CNPq intitulado "Grupo de Pesquisa em Mensuração e Manejo Florestal"da UFVJM. 

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Publicado

2021-12-18