Dinâmica prazer-sofrimento no trabalho: estudo de caso com funcionários públicos da câmara municipal de Contagem (MG)
DOI:
https://doi.org/10.6008/SPC2179-684X.2016.001.0018Palavras-chave:
Funcionários Públicos, Palavras-chave, Prazer no Trabalho, Funcionários Públicos. Prazer no Trabalho. Sofrimento no Trabalho., Sofrimento no TrabalhoResumo
Procurou-se, neste estudo, analisar o prazer e o sofrimento vivenciados pelos funcionários públicos da Câmara Municipal de Contagem-MG, tendo por base a abordagem de Mendes e Ferreira (2007). O método utilizado foi o estudo de caso, a pesquisa foi descritiva com abordagem qualitativa, servindo-se de um roteiro de entrevista semiestruturado que foi aplicado em dez funcionários públicos, sendo que as entrevistas foram gravadas e, posteriormente, transcritas para a realização da análise de conteúdo. Foram estudadas cinco categorias, das quais emergiram subcategorias. Em relação à organização do trabalho, o ritmo de trabalho é considerado normal e tranquilo, não há cobrança por desempenho ou fiscalização no trabalho e há falta de planejamento para as tarefas. Quanto às condições do trabalho, há falta de segurança, pois a Câmara, em alguns momentos, fica aberta ao público. O ambiente físico é adequado para o trabalho, assim como os instrumentos e os equipamentos o são. No que concerne às relações socioprofissionais, a distribuição das tarefas é feita de modo claro e normal, há cooperação entre os trabalhadores e não há disputas no ambiente. O custo físico foi considerado de pouco esforço, pois a maioria dos profissionais exercem funções de escritório. No que se refere ao custo cognitivo, observou-se que as tarefas são repetitivas e simples, requerendo pouco da cognição do trabalhador. Sobre o custo afetivo, os funcionários disfarçam seus sentimentos e suas opiniões, para o bom convívio com os colegas e com a chefia, e se servem do bom humor, que deriva dessa necessidade de dissimularem os sentimentos. As vivências de prazer descritas estão ligadas à organização do ambiente de trabalho, uma vez que os funcionários se sentem como parte integrante do progresso realizado ao longo dos anos; ao reconhecimento pelo bom trabalho que desempenham e à liberdade para se expressarem com seus superiores sobre o trabalho. Já sobre as vivências de sofrimento, os pesquisados consideram a falta de reconhecimento profissional, com pouca gratificação ou melhoria de cargos, decorrendo disso injustiças e discriminações. Em relação às estratégias para lidar com o sofrimento no trabalho, os entrevistados alegaram que se servem da fé, da alegria no trabalho, da ideia de que ali tiram o sustento da família, além de procurarem também o lazer. A respeito dos danos físicos, ressaltaram que desenvolveram L.E.R, dores nos joelhos e bursite. Com relação aos danos psicossociais, consideram que não há conflitos familiares decorrentes do trabalho, nem mesmo há vontade de abandonar tudo, e, se pudessem voltar atrás, reiniciariam a trajetória no mesmo trabalho apesar dos desafios.
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