Motivos, benefícios e aprendizagem: um estudo envolvendo relacionamentos interorganizacionais no terceiro setor

Autores

  • Vania de Fátima Barros Estivalete Universidade Federal de Santa Maria
  • Tarízi Cioccari Gomes Universidade Federal de Santa Maria
  • Simone Alves Pacheco de Campos Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Fernanda Lampert Ribas Universidade Federal de Santa Maria
  • Giovani de Souza Universidade Federal de Santa Maria

DOI:

https://doi.org/10.6008/ESS2179-684X.2012.003.0013

Palavras-chave:

Aprendizagem, Relacionamentos Interorganizacionais, Terceiro Setor

Resumo

Os relacionamentos interorganizacionais no terceiro setor intrigam muitas pesquisas devido ao real objetivo de sua existência. No entanto, sabe-se que as entidades formadoras de redes pertencentes ao terceiro setor geralmente identificam-se com os objetivos propostos por essas organizações, a fim de cooperarem umas com as outras, de forma que haja atuação conjunta e que todos sejam beneficiados. A presente pesquisa buscou analisar, segundo a percepção dos gestores, a formação do relacionamento interorganizacional no terceiro setor entre as entidades envolvidas, em relação aos motivos e benefícios obtidos com essa parceria e de que forma se dá o processo de aprendizagem entre essas organizações. Realizou-se uma pesquisa descritiva, de cunho qualitativo e o método adotado foi o estudo de caso. O foco de unidade de análise foi uma rede constituída por organizações sociais do terceiro setor, localizadas no estado do Rio Grande do Sul, constituída em 2003 e composta atualmente por treze organizações sociais, sendo que oito dessas participaram da pesquisa. Os resultados revelaram que as principais razões motivadoras, em relação a formação da rede foi a atuação conjunta, acesso aos recursos, maior colaboração entre as entidades sociais e a obtenção de recursos financeiros. Dentre os benefícios identificados destacam-se a busca por soluções de problemas comuns, o aumento da qualidade, suprimento das necessidades das organizações e a eficiência econômica. Quanto ao processo de aprendizagem pode-se ressaltar a predominância de aprendizagem organizacional adaptativa, na qual as organizações aprendem a se adaptar ao ambiente através de mudanças em seus comportamentos, na busca por melhores condições, recursos para manutenção das entidades e o alcance conjunto de metas. Os resultados sinalizaram para a existência de relações de confiança entre os parceiros, apresentando uma relação com a credibilidade, a visibilidade e a solidariedade entre as entidades envolvidas. Contudo, não foi possível identificar a influência da confiança em termos de motivação, objetivos e benefícios obtidos através do relacionamento, nem em relação à aprendizagem organizacional. Os resultados revelaram que há uma grande valorização por parte dos gestores, do fator econômico para a formação da rede, pois o acesso aos recursos e a eficiência econômica foram comentadas na maioria dos relatos dos entrevistados, como benefício e motivo para a formação da rede, demonstrando ser constantes na gestão das organizações.

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Biografia do Autor

Vania de Fátima Barros Estivalete, Universidade Federal de Santa Maria

Possui graduação em Administração pela Universidade Federal de Santa Maria (1986) , mestrado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Maria (1997) e é doutora em Agronegócios pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Atualmente é professora adjunta da Universidade Federal de Santa Maria. Tem experiência na área de Administração, com ênfase em Administração de Recursos Humanos, atuando principalmente nas seguintes áreas: gestão de pessoas, agronegócios, relacionamentos interorganizacionais e aprendizagem. Tem experiência em gestão universitária tendo exercido o mandato de Coordenadora no Curso de Administração da UFSM. Atualmente é Pró-Reitora de Recursos Humanos da UFSM.

Tarízi Cioccari Gomes, Universidade Federal de Santa Maria

Possui Graduação em Administração pela Universidade Federal de Santa Maria. Atualmente é aluna do Mestrado em Administração do Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Federal de Santa Maria, na Linha de Pesquisa Organizações e Pessoas.

Simone Alves Pacheco de Campos, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Possui Graduação em Administração pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), e Mestrado em Administração no programa Pós-Graduação em Administração da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

Fernanda Lampert Ribas, Universidade Federal de Santa Maria

Estudante de Administração de Empresas da Universidade Federal de Santa Maria.

Giovani de Souza, Universidade Federal de Santa Maria

Graduando e Pós-Graduado em Administração pela Universidade Federal de Santa Maria.

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Publicado

2013-02-12