A produção reticular no arranjo produtivo local de confecções de Pernambuco

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2179-684X.2022.003.0007

Palavras-chave:

Arranjo Produtivo Local, Redes Sociais, Facções, Trabalho

Resumo

A presente pesquisa possui como objetivo geral discutir a produção fragmentada no Arranjo Produtivo Local de confecções de Pernambuco, como uma forma de precarização do processo de trabalho na economia neoliberal. ​Um Arranjo Produtivo Local é caracterizado por uma aglomeração produtiva local, uma concentração de organizações envolvidas em uma mesma atividade e em um território comum. Os Arranjos Produtivos Locais são incentivados pelas políticas públicas por estimularem a renda, o emprego e o desenvolvimento local. Contudo, esses aglomerados produtivos podem esconder formas diversas de precarizar a mão de obra da região. Nesse panorama, é possível afirmar que o estudo tem caráter qualitativo e descritivo e se apoia na análise de conteúdo da fala do gestor de uma empresa que cuida do setor de relacionamento com as facções. Por conseguinte, os achados de pesquisa apontam para cinco categoria analíticas temáticas, sendo essas: (1) A rede é um arranjo móvel e multiespecializada; (2) Para a rede ser grande a rede tem que ser pequena; (3) A rede é organizada por contratos morais; (4) A precarização do trabalho e pobreza são estruturais na rede e (5) Na rede o trabalho é doméstico, portanto, pertence à família. Tem-se que, as Considerações finais mostram que o processo organizativo em rede nesse território estrutura e oculta uma severa exploração do trabalho fora do emprego.

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Biografia do Autor

Hannah Miranda Morais, Universidade Federal de Pernambuco

Doutoranda na linha de pesquisa em organização e sociedade, no programa da Pós-Graduação em Administração (PROPAD), da Universidade Federal de Pernambuco.Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Administração (PROPAD), da Universidade Federal de Pernambuco, na linha de MTI I em Marketing. Graduada em Administração pela Universidade de Pernambuco (UPE) e Graduada em Design pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Docente no Centro Universitário Tabosa de Almeida ASCES - UNITA.

Fernando Gomes de Paiva Júnior, Universidade Federal de Pernambuco

Doutor em Administração pela Universidade Federal de Minas Gerais (2004), Mestre em Administração pela Universidad de Deusto (19 País Basco, Espanha (1990) e Graduado em Administração pela Universidade Federal de Pernambuco (1985). Pós-doutorado pelo Programa Nacional de Pós-doutorado (PNPD), Universidade Federal da Paraíba. Professor Titular da Universidade Federal de Pernambuco. Coordenador do Grupo de Pesquisa Lócus de Investigação em Economia Criativa.Áreas de interesse: Economia Criativa, Empreendedorismo cultural, Inovação, Redes de Negócio e Estudos Culturais.

Bianca Gabriely Ferreira Silva, Universidade Federal de Pernambuco

Doutoranda e Mestra em Administração pelo Programa de Pós Graduação em Administração (PROPAD-UFPE), Graduada no curso de Administração pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE/CAA). As áreas de interesse são Comportamento do Consumidor, Marketing de Serviços e Empreendedorismo. Foi monitora e Pesquisadora no curso de Administração da UFPE-CAA. É pesquisadora do Grupo de Pesquisa "AKAFans - Circle of Fan, Media and Entertainment Studies", sob a coordenação do Professor Dr. André Luiz Maranhão de Souza Leão. Professora e Tutora em cursos de Ensino Superior na área de gestão.

Publicado

2023-01-08