Estudo do impacto ambiental em trilhas do Parque Nacional da Serra de Itabaiana, Sergipe
DOI:
https://doi.org/10.6008/ESS1983-8344.2008.001.0008Palavras-chave:
EcoturismoResumo
Devido à pressão humana ter se intensificado nas últimas décadas, as unidades de conservação transformaram-se em "ilhas de vida", onde se concentra a maior parte da biodiversidade de nosso planeta. Os parques nacionais têm como objetivo básico à preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e o turismo ecológico. O Parque Nacional Serra de Itabaiana é uma unidade de conservação da natureza, federal, criada em 15 de junho de 2005, possui uma área de 7.966 hectares, dos quais 288,53 hectares estão regularizados. Localiza-se numa área de transição dos biomas mata atlântica e caatinga, abrangendo os municípios de Areia Branca, Itabaiana, Laranjeiras, Itaporanga d'Ajuda e Campo do Brito. Nos estudos realizados recentemente foram registradas 16 espécies de serpentes, 24 de anfíbios e 123 de aves. Das aves identificadas 03 espécies restritas a mata atlântica e 01 espécie endêmica da caatinga. Na região de Areia Branca existem registros da ocorrência do macaco-prego-do-peito-amarelo (Cebus xanthosternos), espécie de primata criticamente ameaçado de extinção. O presente trabalho tem como objetivo principal descrever as condições atuais dos impactos ambientais nas trilhas do Rio dos Negros, do Poço das Moças e na Gruta da Serra localizadas no Parque Nacional da Serra de Itabaiana. Foram selecionadas para o estudo tais trilhas por serem as mais utilizadas pelo Uso Público. Em cada trilha foram escolhidos pontos, seguindo a metodologia criada por Magro (2003). Os indicadores utilizados para análise foram: as condições da vegetação, do leito da trilha, da segurança, e dos danos causados aos componentes da trilha. Diante dos dados obtidos, verificou-se que o pisoteio da vegetação fora da trilha, as exposições das rochas e as trilhas não oficiais foram os danos mais evidentes nesta área protegida. A trilha do Poço das Moças foi classificada como a mais impactada em todos os indicadores. A trilha da Gruta da Serra foi classifica como moderadamente impactada no indicador “pisoteio da vegetação”, e a trilha do Rio dos Negros apresentou um alto valor no indicador “danos em árvores”. Diante dos resultados obtidos conclui-se que é urgente um zoneamento, tornando-se também fundamental a implementação de um plano de manejo.
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