Visitantes ilustres no patrimônio natural mundial: Encalhes de aves marinhas na Baía de Ilha Grande, Rio de Janeiro, Brasil.

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2318-2881.2021.004.0007

Palavras-chave:

Aves marinhas, Encalhes, Conservação da vida selvagem, Mortalidade, Atlântico Sul

Resumo

Aves marinhas usam a extensa costa brasileira como corredor migratório onde exploram recursos para alimentação e reprodução. A costa sul do Estado do Rio de Janeiro possui centenas de ilhas que são habitats para várias espécies de aves marinhas. Neste estudo, analisamos a abundância, riqueza e sazonalidade de aves encalhadas na Baía de Ilha Grande, Rio de Janeiro, Brasil, um importante patrimônio natural e cultural da humanidade. Os dados de registro de encalhe foram obtidos durante 5 anos de monitoramento de praias (2016-2021), perfazendo um total de 18,7 km de extensão da costa e mais de 220 km (incluindo ilhas e praias fora do monitoramento regular). A maioria das aves foram encontradas vivas e encaminhadas para reabilitação. Foram registrados um total de 268 encalhes de aves marinhas, pertencentes a cinco ordens, oito famílias e 19 espécies. A maioria dos encalhes ocorreram no inverno, sendo as espécies mais frequentes Spheniscus magellanicus, Fregata magnificens e Sula leucogaster. A maioria das espécies apresentaram sazonalidade no padrão de encalhes, sendo que somente seis espécies foram registradas ao longo de todo o ciclo anual. A baía de Ilha Grande é um importante polo turístico do Brasil e o conhecimento da diversidade e dinâmica das aves marinhas na região podem contribuir com planos de manejo e conservação de espécies, além de potencializar a implementação de estratégias de turismo ambiental e exploração sustentável dos recursos naturais.

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Biografia do Autor

Caio Henrique Gonçalves Cutrim, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Graduado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, aluno de mestrado no Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Neotropical (PPGBio) associado ao Laboratório de Ictiologia Teórica e Aplicada (LICTA) da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Atua como Co-coordenador no Projeto Iurukuá: Educação ambiental e conservação de tartarugas marinhas com atuação nas cinco regiões do Brasil. Desenvolve pesquisas atuando nos seguintes temas: ecologia e diversidade ictiológica e padrões de encalhes de tetrápodes marinhos no Atlântico Sul.

Igor Luiz Araújo Munhoz, Universidade Federal de Minas Gerais

MBA em Gestão de Projetos pela Universidade Estácio de Sá (2021). Mestrado em Zoologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (2016). Graduado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Viçosa (2014). Técnico em Meio Ambiente pelo CEFET -MG (2008). Atualmente exerce a função de Coordenador Técnico no Projeto de Monitoramento de Praias - Bacia de Campos.

Leandro Bacci, Universidade Federal de Sergipe

Possui graduação em Engenharia Agronômica (2001), mestrado (2003) e doutorado (2006) pela Universidade Federal de Viçosa. Passou por estágio pós-doutoral nesta mesma instituição vindo a concluí-lo em 2008, período no qual foi professor colaborador de Entomologia. Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Federal de Sergipe-UFS e vice-diretor do Centro de Ciências Agrárias Aplicadas da UFS. Foi coordenador do Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas, coordenador da Comissão Coordenadora do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (COMPIBIT), coordenador da Comissão Intelectual e Transferência de Tecnologia (COMPITEC), vice-coordenador da Comissão Coordenadora do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (COMPIBIC) na UFS. Participa do Programa de Pós-graduação em Agricultura e Biodiversidade da UFS. Possui experiência em Entomologia, com ênfase em desenvolvimento de bioinseticidas, manejo integrado de pragas, ecologia aplicada ao manejo de pragas agrícolas, toxicologia de inseticidas, entomologia econômica e entomologia agrícola.

Paulo Roberto Jesus Filho, Universidade de São Paulo

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Vila Velha (2013). Atualmente na empresa Econservation como coordenador de projetos de consultorias ambientais (PMP-BS Área RJ e PMAVE-BS). Tem experiência na área de gestão e ecologia. Na ecologia atua principalmente nos seguintes temas: répteis (Quelônios e Crocodilianos), anfíbios, dinâmica de populações, espécies invasoras e morfologia.

Vinícius Albano Araújo, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Ouro Preto (2003), mestrado (2005), doutorado (2009) e pós-doutorado (2010) em Entomologia pela Universidade Federal de Viçosa. Atualmente atua como professor de Zoologia na Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade (NUPEM). Como pesquisador desenvolve trabalhos científicos com morfologia reprodutiva de Arthropoda com ênfase no sistema reprodutor masculino e potencial aplicação no comportamento e na sistemática. Em campo, executa trabalhos de conservação no bioma Mata Atlântica com ecologia de comunidades, envolvendo visitantes florais e insetos aquáticos, principalmente em fragmentos urbanos. Como extensionista, coordena o Projeto InsetVidas, que usa os serviços ecológicos como plataforma de divulgação científica para disseminar o conhecimento e importância dos Insetos. Desenvolve a ação Curso de Meliponicultura: potencial econômico sustentável, realizado prioritariamente para a sociedade brasileira. Também coordena o Projeto Iurukuá: Educação ambiental e conservação de tartarugas marinhas, com membros atuantes nas cinco regiões do Brasil. Integra como coordenador Brasil na Rede Relato Oceano: Rede de Educação Latino-americana para o Oceano, buscando conectar iniciativas e promover a colaboração internacional na educação marinha. Como professor atuo em disciplinas como Zoologia de Invertebrados, Entomologia e Práticas em Biologia buscando, através da educação, contribuir para formação de profissionais brasileiros comprometidos com a Ciência e com o respeito a diversidade de vidas.

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Publicado

2022-01-01

Edição

Seção

Conservação da Biodiversidade