PFNM e os Tupinambá do Acuípe: identificação e registro a partir do uso pela comunidade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.6008/CBPC2318-2881.2021.003.0004

Palavras-chave:

PFNM, Tupinambá, Vernacular, Artesanato

Resumo

Este artigo apresenta os resultados da pesquisa que objetivou identificar, registrar e descrever os produtos florestais não madeireiros (PFNM) a partir das indicações de uso pela comunidade indígena Tupinambá do Acuípe, localizada entre os municípios de Ilhéus e Una, no Litoral Sul do Estado da Bahia. O estudo contou com recursos do CNPq e apresenta aderência à área tecnológica IV – Desenvolvimento Sustentável, setor I - Cidades Inteligentes e Sustentáveis. As técnicas de Pesquisa utilizadas para coleta de dados foram: registro fotográfico e entrevista virtual com as/os membras/os da comunidade encarregadas/os pela coleta da matéria-prima e com as artesãs e artesãos. As espécies foram identificadas com base nos dados disponíveis na Plataforma Reflora (Herbário Virtual) e no SpeciesLink. Constatou-se que 15 espécies vêm sendo extraídas e predominantemente utilizadas para construção vernacular de edificações, confecção artesanal de utensílios domésticos e decorativos, e de elementos ritualísticos tais como vestimentas, biojóias e armas: Tucum (Astrocaryum sp.), Biriba (Eschweilera ovata), Piaçava (Attalea funifera), Cabaça (Lagenaria siceraria Curcubitaceae), Coco seco (Cocus nucifera), Taboa (Thypha domingensis), Mamica – de – porca (Zanthoxyloum rhoifolium), sementes de Fedegoso (Senna sp.), Açaí (Euterpe oleraceae), Olho de cabra (Ormosia arbórea), Olho de pavão (Adenanthera pavonina), Lágrima de Nossa Senhora (Coix lacryma-jobi/ Poaceae), Tapia (Mimusops coriacea A. DC.), Biri (Canna indica) e Coquinho – Licuri (Syagrus coronata). Alguns dos produtos florestais não madeireiros são comercializados e representam fonte de renda complementar para a comunidade.

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Biografia do Autor

Calline Chaves de Jesus, Universidade Federal do Sul da Bahia

Possui graduação em Bacharelado Interdisciplinar em Ciências pela Universidade Federal do Sul da Bahia (2020). , atuando principalmente nos seguintes temas: habitação de interesse social, eficiência energética, sustentabilidade, estudo de revisão sistemática e materiais.

Silvia Kimo Costa, Universidade Federal do Sul da Bahia

Doutora em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade Estadual de Santa Cruz, UESC/ BA; Mestre em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente pela Universidade Estadual de Santa Cruz, UESC/ BA e graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Viçosa UFV/ MG. Foi Prefeita do Campus da Universidade Estadual de Santa Cruz (Ilhéus, BA) de 2008 a 2012 atuando na elaboração de Projetos Arquitetônicos para a referida Instituição. De 2012 a 2015 foi docente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (Campus Eunápolis). Atualmente é Professora Adjunto da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), Campus Jorge Amado, Itabuna, BA e atua no Centro de Formação em Políticas Públicas e Tecnologias Sociais. Contribui com o processo de projeto arquitetônico para edificações institucionais de ensino superior sob o viés da sustentabilidade. Atua no Programa de Pós-Graduação em Biossistemas do Centro de Formação em Ciências Agroflorestais da UFSB - desenvolve pesquisas relacionadas a serviços ecossistêmicos sócioculturais, com enfoque em: Arquitetura Vernacular/ Bioarquitetura; processos bioconstrutivos em Comunidades Tradicionais; Ecossistemas Urbanos/ Ecologia Urbana.

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Publicado

2021-08-26

Edição

Seção

Uso Sustentável da Biodiversidade